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sábado, 31 de maio de 2014

O investigador Richard coletou todas as amostras do local do crime, eram poucas mas seriam úteis, ele tem um parceiro, mais para um aprendiz de investigador seu nome era Giovani Giglio, baixo, cabelo cortado no estilo militar, magro e olhos arregalados sempre procurando algo de diferente que pudesse chamar atenção, além de ajudar na coleta de pistas e no estudo delas ele gostava de dar palpites, conhecia boa parte da ficha criminal dos assassinos mais conhecidos, mas tinha um grande problema em ficar quieto.
Durante a mesma madrugada após coletarem as pistas foram para o laboratório averiguá-las, durante todo o tempo Richard estava quieto tentando encontrar algo nas fotos do local que indicassem uma pista, mas Giovani não parava de falar um único momento:
- Senhor Richard, quem o senhor acha que foi dessa vez? o mamute azul? o corvo? ou teria sido o berseker? havia pouco sangue para ter sido o berseker, talvez tenha sido algo feito pela viúva negra!, mas havia muito sangue no local, poderia ter sido o grupo de assassinato hiena?
Depois de algum tempo olhando para as fotos o investigador notou uma pegada em meio a possa de sangue e pediu para o garoto tagarela amplia-lá  no computador, o garoto finalmente ficou quieto e fez o que ele pediu, após ampliada a imagem era possível notar uma pegada clara, era de um sapato social, as dimensões indicavam que era de número 40, provavelmente um homem, alto  e bem trajado.
O garoto observou a imagem por um tempo e depois a imprimiu, olhou bem para a impressão e disse desanimado:
- Ora essa, vários assassinos se vestem com roupas sociais, isso vai dificultar o caso, novamente ele sera mais um arquivado, isso também elimina os assassinos que mencionei.
Richard abriu a gaveta de arquivos e pegou uma pasta com todos os dados sobre o senhor da noite, haviam apenas duas imagens em sua pasta, uma que capturava uma silhueta sobre um prédio e outra que havia capturado a lâmina de sua espada, mas estava borrada, ele retirou a imagem das mão do garoto e guardou dentro da pasta:
- Vai pra casa garoto - disse o investigador bocejando e olhando no relógio, ja era quase seis horas da manhã - isto não é hora de você estar na rua, não sei como seus pais deixam você sair na madrugada.
O garoto que agora se entregava ao sono pegou sua bolsa com suas tralhas, e saiu murmurando algo a respeito de seus pais não fazerem ideia de que ele estava ali, e assim foi para sua casa.
Richard Brumm, que é seu nome completo, é o mais velho entre os policias, com seus 40 anos de idade, a maior parte ou morre ou aposenta por invalidez, poucos continuam até tão tarde, é um trabalho desgastante que poucos querem fazer, e poucos fazem direito.
Ja era praticamente manhã, e o investigador cansado voltava para sua casa no ônibus, após 20 minutos de espera dentro do veículo super-lotado ele finalmente chegou ao seu ponto, ficava a três quadras de sua casa, era bom para fazer uma caminhada, ele sempre passava em frente a uma floricultura, a qual havia logo cedo uma mulher organizando as plantas, era uma mulher jovem, 35 anos, cabelos curtos e negros, pele branca, grande busto e olhos verdes, ela era divorciada e sempre que possível parava Richard para conversar, mas este pouco falava e logo continuava seguindo seu rumo.
Mesmo ja tendo 40 anos Richard não aparentava ser velho, tinha estatura média, era magro, continha uma grande barba, e nenhum cabelo branco, era um bom partido, sua idade favorecia sua aposentadoria, seria um homem com tempo para a família, mas ainda não havia superado a morte da esposa, e ao seu ver jamais superaria.
Finalmente, passaram-se as três quadras e a terceira casa do quarteirão era a do investigador garanhão, uma casa azul de madeira, com uma pequena varanda na frente, cercada com uma cerca de madeira toda remendada com compensados, continha dois andares e no fundo uma área coberta com churrasqueira que que já não era usada há um bom tempo.
O piso da casa era de madeira, e logo que ele pisou na varanda e levou a mão ao bolso para pegar o molho de chaves a porta se abriu lentamente e uma jovem com os olhos inchados, ainda com seu pijama e com cara de sono abriu porta dizendo:
- Bom dia pai, o senhor demorou para chegar.