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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Em uma cidade tão grande, com uma população tão numerosa, e um vasto numero de assassinos, é quase que impossível que haja um único predador soberano, embora pareça que nenhum assassino é capaz de superar o Mestre nas habilidades, existem vários jovens gananciosos e habilidosos que almejam a posição de "dono" da cidade, sim, o Mestre tem em suas mãos toda a cidade, nada lhe oprime, policia, políticos corruptos estão todos sob seu controle, quem entra e quem sai da cidade, quem vive... e quem morre, tudo isso cabe a ele decidir.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Em meio a escuridão da cidade, um parque do centro emanava um forte odor de sangue, em seu piso uma grande quantidade de cadáveres todos mutilados, sentado a beira de uma fonte que ja não jorrava mais água incolor e sim uma mistura com sangue fazendo com que a fonte parecesse uma grande bacia de ponche estava sentado um homem, ele fumava um grande charuto lentamente e soltava longas tragadas de fumaça no ar, ele estava bem vestido, terno e gravata, aparentava ter idade próxima dos 36 talvez mais. Tinha uma barba mal feita e um olhar frio, e com a mão esquerda sobre a perna ele segurava uma espada longa de lâmina negra onde havia gravado o desenho de um Grifo, lendária criatura mitológica.
A sua frente um homem que já passara da casa dos 30 o encarava, e com voz de desprezo o insultou:
- Verme desgraçado! eu te fiz o melhor, e é assim que me agradece? Nunca fui com a cara daquele garoto, mas espero que ele te mande para o inferno junto com essa sua arrogância! você não tem honra! - Antes que pudesse terminar os insultos a lâmina negra perfurou-lhe o peito, ele engasgou com o sangue na garganta e caiu no chão ainda tentando balbuciar algumas palavras.
O assassino limpou a espada nas vestes da vitima que ja estava com a vista embaçada e comentou com tom sarcástico:
- Também estou ansioso para enfrentar o garoto, fiquei sabendo que ele deseja minha espada, mas é bom alguém avisa-lo que nem tudo o que desejamos é o melhor para nós mesmos.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Assustada, Aline ficou espionando o gramado de Salazar pela sua janela, ela não sabia ao certo o que seu pai faria, e como Salazar reagiria afinal ele não disse nada em manter segredo, muito menos aparentou querer manter o fato de ser um assassino em segredo, mas como ele reagiria ao ter um investigador batendo e sua porta pela manhã?
Não demorou muito e a pequena viu seu pai cruzando o gramado em direção a porta da casa de Salazar, mas logo ela perdeu-o de vista, seu quarto ficava mais ao fundo e era difícil enxergar a frente de ambas as casas.O investigador bateu na porta e ela logo se abriu, ele quis entrar na casa, pois temia que Aline estivesse tentando escutar a conversa, mas não foi possível. Os três filhotes que Salazar estava criando correram até Richard e começaram a morder a barra de sua calça impedindo-o de andar, em seguida um rapaz alto surgiu na porta, para surpresa do investigador este rapaz era Leter Hawk, confuso ele questionou:
- Hawk? O que você faz aqui? Você conhece quem mora nessa casa?
Leter Hawk pegou os filhotes na mão, mas eles se debatiam muito e ele acabou soltando-os para que fossem novamente atacar a calça de Richard, e sorrindo ele respondeu:
- Que coisa inesperada Richard, não imaginei que acordasse tão cedo, e não esperava que Salazar fosse seu vizinho!
O investigador estava um tanto confuso e tornou a perguntar:
- Você sabe quem mora nessa casa?
Antes que o rapaz pudesse responder, os filhotes soltaram a calça do investigador e correram para porta, finalmente Salazar apareceu, e respondeu por Hawk:
- Sim ele sabe quem mora nessa casa, eu e Hawk nos conhecemos desde a época do colegial, ele era meu guarda-costas particular, mas é uma surpresa o senhor bater em minha porta a esta hora do dia senhor Richard, esta tendo algum problema?
Agora Richard não poderia conversar o que queria com Salazar, não naquele momento, ele tinha que inventar uma desculpa, e a melhor que ele conseguiu pensar no momento não fora a melhor:
- Ah, sim, é que Aline e eu queríamos fazer um jantar de boas vindas e queríamos saber se você aprova a ideia, contaria apenas com a presença dos vizinhos.
O investigador sabia que aquela desculpa era horrível, mas não contava que Salazar fosse concordar:

- Excelente senhor Richard, para quando o senhor quer marcar?

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Capitulo 03 – O mundo dos assassinos.

Aline ficou sozinha, ela fechou a janela, lentamente para não fazer barulho, deitou-se em sua cama, mas não dormiu, ficou olhando para o teto, havia sido muito difícil manter-se calma na frente de Salazar, a verdade é que ela estava espantada com tudo que ouvirá até o momento, uma parte dela tentava negar tudo o que ele dissera, mas outra parte acreditava fortemente nele, a pequena olhava para o teto escuro do quarto e soltou uma leve risada:
- O meu vizinho é um assassino, de tantos lugares para esse infeliz ir morar, ele escolheu justamente morar ao lado de um investigador, cretino!
Na manhã seguinte, Aline estava em um sono muito pesado, também pudera, havia ido dormir muito tarde, estava de boca aberta e babando em seu travesseiro, seu cobertor estava enrolado em seu pé e metade estava no chão. Mesmo com o sono pesado ela sentiu um fraco cheiro de queijo no ar, ela acordou com os olhos inchados, e sem ao menos lavar o rosto no banheiro ela desceu as escadas cambaleando e foi para a cozinha. Ainda com os olhos inchados de sono ela viu seu pai à beira do fogão, ele preparava o café de sempre, mas a mesa estava forrada de alimentos, havia pão de queijo, bolo de laranja, goiabada doce de leite e cappuccino. A garota admirou a mesa incomum por um tempo e sentou-se:
- Caramba, eu deveria ser atacada mais vezes, assim teria vários cafés da manhã assim!
Richard terminou de preparar o café e sentou-se a mesa também, ele estava sério, apenas esperando um momento para bombardear a pequena com perguntas, mas ele estava esperando ela aproveitar o café especial que montara.
A pequena se deliciava com o café especial que ganhará, mas seu pai se mantinha sério enquanto segurava uma xícara de café próximo à boca, ele não bebia, mas também não repousava a xícara. Após se deliciar com o saboroso café, Aline se espreguiçou e com o queixo sobre as mãos encarou seu pai:
- Ok investigador, podemos começar o interrogatório!
De súbito, Richard bebeu o café, e olhando nos Olhos de Aline começou a despejar as perguntas com total confiança, afinal Aline não era boa em mentir, ainda mais para seu pai, que alem de ser um experiente investigador, acima de tudo era seu pai, claro:
- Certo, vamos começar alguém estava acompanhando Pedro? Você viu alguma pessoa estranha passando antes de Pedro de interceptar?
Aline respondia todas as perguntas sem balbuciar:
- Não ninguém acompanhava Pedro ele estava sozinho, ninguém passava na rua no momento.
O investigador passou a mão no queixo e continuou:
- Ele mencionou alguma recompensa por mim ou por você? Que tipo de arma ele usava? Quem o impediu?
Novamente a pequena respondeu sem hesitar:
- Não, ele queria apenas se vingar por que o senhor descobriu que o pai dele era um assassino, ele usava uma faca simples Salazar o desarmou e o matou com um golpe na garganta, em seguida eu desmaiei.
Richard andava de um lado para o outro pela cozinha, mas quando Aline respondeu as duas ultimas perguntas ele parou, ficou encarando o chão, tirou um cigarro do bolso, deu uma longa tragada em seguida soltou uma longa baforada que fez com que o cheiro de nicotina tomasse conta da cozinha, ele estava irritado e estava fumando para se acalmar, mas não estava dando muito certo:
- Aline suba para seu quarto, vou ter uma pequena “prosa” com o nosso vizinho assassino!

A garota pensou em questionar seu pai, mas ele estava muito sério então ela apenas o obedeceu sem questionar, mas quando chegou a seu quarto e correu para a janela, observando da janela reparou que havia uma moto diferente no gramado vizinho, era uma moto muito simples comparada às outras que Salazar tinha.

domingo, 31 de agosto de 2014

A pequena correu até a cômoda, pegou uma blusa de frio, estava ventando muito naquela noite, ela abriu a janela lentamente, pois era velha e costumava fazer barulho, e ela não queria acordar seu pai, após isso, ela ficou de frente para Salazar. Embora estivesse ventando muito e fizesse frio, ele estava com uma camisa de manga curta e não aparentava estar com frio.
Salazar soltou as pedras que caíram no gramado, ficou debruçado sobre a proteção de sua varanda olhando para Aline:
- E então, já esta mais calma pequena?
Ela ficou brava e fez um bico, igual a uma criança, cruzou os braços e olhou para o lado:
- Não acredito que me chamou aqui apenas para perguntar isso!
- E o que você esperava que eu dissesse? Quer que eu te convide para conhecer minha casa às três horas da madrugada? – Salazar e seu sarcasmo atacaram novamente.
Novamente Aline o encarou, mas já não estava mais brava:
- Quero que me explique o que foi aquilo hoje à tarde! Por que matou Pedro! Por que me salvou? E como você é tão habilidoso?
Como estava sempre com um sorriso falso no rosto, era difícil levar a sério algumas coisas que Salazar dizia.
- Seu pai me fez perguntas parecidas, e eu não o respondi, por que deveria responder você?
A pequena começou a ficar irritada com tanta conversa:
- Por que você me chamou para conversar às três horas da manhã, por que você matou um cara na minha frente sem hesitar, por que eu sou a envolvida e não ele! Satisfeito senhor Salazar?
- Parabéns – disse Salazar, ele parecia estar esperando tal reação da pequena – finalmente você mostrou a garota que você é, mas espero que esteja pronta para ouvir o que vou dizer.
O coração de Aline palpitou mais rápido, ela se debruçou sobre a janela, ela estava se preparando para algo forte. Salazar passou a mão no cabelo e olhando nos olhos de Aline disse:
- Eu não te salvei por caridade, você apenas estava no local errado na hora errada, eu já ia matar Pedro uma hora ou outra, o momento apenas foi importuno para você, eu sou um assassino.
Aline prestava tanta atenção que estava de boquiaberta, mas esta era uma das respostas esperadas:
- Eu já desconfiava que você fosse um assassino, porém achei tudo muito surreal, mas por que assassinos matam outros assassinos?
 - Não algo que ocorre comunmente – respondeu Salazar – alguns assassinos decapita outros para roubar, o que não foi o meu caso, Pedro era um iniciante, muito inexperiente, na idade dele eu já tinha um quarto do que tenho hoje e já era temido por metade da cidade, sem nem mesmo sequer ter um nome, alguém inexperiente como ele atrairia muitos olhares indesejados para o bairro com o passar do tempo, o que me comprometeria, então decidi acabar logo com ele, afinal ele seria apenas um incômodo.
Espantada, a pequena escutava tudo, ela pensou em não acreditar em Salazar, mas era quase que impossível, as motos e o aluguel caro, era muito dinheiro para alguém daquela idade estar ganhando honestamente, e o assassinato a sangue frio lhe dava a certeza:
- Tudo bem, com todos os fatos e o ocorrido, tudo indica que você realmente é um assassino, mas, qual?
Salazar se virou, e adentrou seu quarto, Aline pensou que ficaria sem resposta, mas ele virou-se de volta:

- É agora que começa a diversão, afinal a mente humana precisa de enigmas para se mantiver em atividade, o mistério, por mais tenebroso que seja desperta a curiosidade humana, é um dom ou uma maldição, pode fazer evoluir ou matar, depende do risco que se esta disposta a correr.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

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domingo, 24 de agosto de 2014

Salazar encarou Richard por um momento com uma cara séria, o investigador deu dois passos para trás pensando que Salazar fecharia a porta em sua cara, porém ela retornou para fora, agora estava com o sorriso de sempre no rosto.
- Sobre o que esta falando senhor Richard? – Salazar era o mestre do sarcasmo, e em ser falso, diga-se de passagem – passo o dia inteiro trabalhando, nem tenho conhecimento do que ocorreu hoje aqui no bairro, como pode ver estou chegando agora em minha casa.
Richard pensou em  ir embora, mas ele estava muito desconfiado, e insistiu:
- Sua conversa pode até funcionar com seu patrão, ou com as garotas que você arrasta para a cama, mas não comigo, eu conheço seu tipo, manipulador, sarcástico e como você mesmo disse, sádico, então é melhor me dizer logo o porquê!
O silêncio pairou naquele momento, o investigador agora estava receoso e Salazar estava sério, ambos se encaravam, até que Salazar quebrou o silêncio:
- Não seja idiota senhor Richard, não tem como eu ter salvado sua filha, seja La quem for que a tenha atacado, mas posso dizer que era alguém muito habilidoso, coisa que não sou infelizmente, afinal sou muito alto.
Após dizer isso ele se retirou para o conforto de sua casa, era possível ouvir o grunhindo de seus três cachorrinhos, o investigador se voltou para a rua, acendeu um cigarro, geralmente fumava para ficar calmo e raciocinar direito, e retornou até a cena do crime. O local tinha pouquíssimas pistas, Richard olhou novamente, a grande mancha de sangue que havia na rua, e o desenho feito com giz de onde Pedro havia caído, foi quando ele notou que não havia desenho de giz de uma possível arma do crime, nenhum único risco, nada, nenhum indicio de arma caída no chão, o que dizia que o possível salvador de Aline era alguém muito hábil para desarmar Pedro sem deixar a possível arma cair, nesse momento ele ficou espasmo por um curto período, seu cigarro caiu da boca e ele voltou andando rapidamente para sua casa, ele subiu as escadas corendo e entrou de súbito no quarto de Aline, ele ia lhe fazer mais perguntas, mas viu que ela continuava dormindo, lembrou-se do choro da pequena e decidiu deixar as perguntas para o dia seguinte, afinal já era tarde, e ele teria que trabalhar na próxima noite para compensar a noite que faltará para socorrer sua filha, então ele encostou a porta sem fazer barulho e foi para seu quarto descansar.
 O silêncio dominava o bairro naquela madrugada, nenhum único barulho de carro, moto, gato, cachorro ou choro de criança era ouvido, o cheiro de morte emanava na rua, o ar estava denso, há tempos o bairro não tinha nenhum morte, ainda mais em plena luz do dia, aquela havia sido a primeira.

Aline estava em sua cama, mas não dormia, ela se contorcia de um lado para o outro, já estava descoberta, relances e imagens de Pedro e Salazar passavam em sua mente, ela estava em um turbilhão de medo e espanto, ela acordou e se sentou na cama, seus olhos estavam fundos, eram três horas da madrugada. Ela se levantou e foi até a cozinha pegar um copo de água, quando, aproveitou e pegou um copo de leite e um pão, ao voltar para seu quarto ela enxergava sombras e vultos, e sussurros em seus ouvidos. Pegou o controle da TV, sentou-se em sua cama e ligou o televisor que era pequeno, como ela. Passava por todos os canais, mas nada lhe agradava, a programação daquele horário na TV aberta era horrível, a pequena estava bebendo seu leite quando o noticiário da madrugada estava falando das mortes do dia, e uma imagem de sua casa apareceu, a pequena ficou estática, a cidade inteira sabia sobre a tentativa de assassinato que ela sofrera estava prestes a começar a chorar novamente quando algo bateu em sua janela lhe causando um grande susto, não era nenhum objeto grande pelo barulho, a pequena ficou olhando para a janela que estava tampada pela cortina, e novamente outro objeto acertou o vidro. Aline pensou em desligar o televisor e se deitar, mas não, ela criou coragem e foi até a janela pisando nas pontas dos pés, sem fazer barulho e vagarosamente ela puxou um pouco da cortina e para sua surpresa, ou não, ela viu Salazar na varanda de sua casa, ele estava com um punhado de pequenas pedras em sua mão. Ele fez um sinal com a mão, indicando que queria falar com ela.

sábado, 9 de agosto de 2014

A pequena Aline foi recuperando a consciência aos poucos, quando finalmente acordou notou que não estava mais na rua, estava em seu quarto, estava tudo escuro, já era noite, ela levou a mão direita até o rosto e notou que esta estava enfaixada, era a mão que estava inchada a qual Pedro havia chutado. Foi quando ela se lembrou de tudo que havia acontecido e de que Pedro agora estava morto, a garota entrou em choque ao lembrar tudo que virá, ela ia começar a chorar, mas o silêncio do quarto escuro foi quebrado, ela não estava sozinha.
No canto direito do seu quarto, a frente do guarda-roupa estava Salazar, sentado em uma pequena poltrona, ele estava com os três cãezinhos em seu colo, eles estavam dormindo, antes que ela pudesse perguntar o que ele fazia ali ele perguntou:
- Você esta bem? Eu enfaixei sua mão, aquele moleque abriu seu pulso quando chutou sua mão, você só precisa ficar em repouso, e não se preocupe, não tirei sua roupa ou tentei algo com você, afinal você não faz meu tipo, sem falar que não sou tão baixo assim.
Sem reação a garota continuava olhando para ele, entediado com a falta de reação dela Salazar se levantou com os filhotes em seu braço esquerdo, foi até a janela do quarto dela que dava de frente com a varanda do seu quarto no segundo andar da casa, abriu-a e preparou-se para saltar, mas antes de saltar comentou:
- Seria bom que você não comentasse com o velho que foi eu que te salvei, não quero que ele fique confuso ao meu respeito ou que te empurre para mim – Ao terminar de dizer isso ele saltou da janela para a varanda, foi um longo salto, mas perfeito, com um único braço ele se segurou na barra superior da varanda e com um leve impulso das pernas saltou por cima dela e adentrou em seu quarto.
Muita coisa fora do comum havia acontecido em tão pouco tempo, Aline estava muito confusa sua rotina havia sofrido uma mudança drástica, esteve em risco, e ainda por cima presenciou uma morte a sangue frio na sua frente. Ela continuava sentada em sua cama tentando organizar tudo o que havia ocorrido quando ouviu a porta da sala bater, em seguida ouviu seu pai gritar seu nome enquanto sobia as escadas correndo, ele abriu a porta do quarto subitamente e acendeu a luz que ofuscou os olhos de Aline.
Ele estava ofegante e parecia desesperado, ao ver a mão direita de Aline enfaixada ele entrou em pânico:
 - O que houve com sua mão? O que aconteceu? Ligaram-me da central quando eu estava na rua dizendo que havia ocorrido um assassinato na rua da minha casa, eu pensei que havia sido você! Por que não me ligou?
 A pequena ainda estava em choque, era muita coisa acontecendo subitamente e seguidamente, ela tentava explicar os fatos ocorridos, mas seu pai estava muito nervoso e não permitia:
- Foi aquele moleque desgraçado? O filho daquele patife do Theo Negri! Filho da mãe, desgraçado, eu fui descuidado, nos fomos, e como você escapou? Quem te ajudou? Quem matou o desgraçado?
Até o momento Aline estava contendo as lágrimas, mas ela não aguentava mais, então após um grito de tristeza ela começou a chorar e a esfregar os olhos:
- Por que isso tudo esta acontecendo?
Richard que estava com as mãos na cabeça correndo de um lado para o outro no quarto, se acalmou ao ouvir o choro da filha e abraçou-a:
- Não se preocupe, eu estou aqui, foi um erro meu não vai acontecer novamente.
Após acalmar sua filha e coloca-la para dormir, sim como se faz com uma criança, Richard foi investigar a cena do crime, outro investigador já havia feito isto, mas alguns deles eram corruptos e escondiam pistas em troca de dinheiro para alguns assassinos. O local ainda estava interditado, tomava boa parte da calçada e metade da rua, a mancha de sangue ainda estava na rua e um desenho feito de giz marcava o local onde Pedro estava caído. Procurar por pistas naquele local seria muito mais fácil se Aline tivesse dito algo a respeito do ocorrido, mas a pequena estava muito assustada e abalada para responder qualquer pergunta.
Ele observava o local para tentar encontrar marcas de um possível combate, mas não havia nada, já era noite, a vizinhança estava em silêncio, todos estavam trancafiados em suas casas, um silêncio pavoroso tomava conta das ruas, mas ele foi rompido por um forte ronco de motor, era muito grave, parecia de um caminhão mas era uma moto grande, cerca de 1100 cilindradas, ela virou a esquina em alta velocidade e derrapando no meio da rua subiu a calçada da casa de Salazar, sim era ele, com uma outra moto, também muito cara por sinal, provavelmente mais cara que a anterior. Richard correu até ele, Salazar estava fechando a porta de sua casa quando Richard parou a porta com a mão:

- Por que você salvou minha filha?

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Longe de casa, já no departamento de policia, o investigador estava mais tranquilo, mas por precaução pegou o celular para ligar para a filha, mas antes que pudesse completar a ligação Leter Hawk o chamou, era uma ocorrência, o investigador acabou guardando o celular e foi trabalhar.
Enquanto isso a pequena Aline ainda encontrava-se em uma situação perigosa, a pequena estava sem reação, sua mão estava inchando e doía muito, Pedro Cruz sacou a lâmina que estava escondida em sua perna e se levantou, apontou o objeto cortante para a garota e perguntou:
- Não vai dizer nada em sua defesa? – a pequena cuspiu nele – tudo bem, eu não queria mandar você para o inferno antes do seu pai, mas acho que não tem jeito.
- Meu pai vai bater tanto na sua cara que nem o puto do seu pai vai te reconhecer – gritou Aline tentando conter a dor.
Pedro se enfureceu com o insulto:
- Vadia, vou te ensinar a ter modos – ele investiu contra a pequena que estava de joelhos no chão, a única coisa que ela fez foi fechar os olhos e se encolher, porem nada lhe aconteceu.
Aline estranhou, não havia sentido nada exceto uma coisa gosmenta em seu pé, ela abriu os olhos e viram três cachorrinhos lambendo seus pés, Pedro não havia desferido o golpe, Salazar o impediu segurando seu braço no ultimo momento. O rapaz chacoalhou o braço e se soltou, em seguida deu dois saltos para trás, ele encarava Salazar que estava com uma expressão calma, como se nada estivesse acontecendo ali.
- Quem é esse cara? É seu namorado? – Pedro dava risadas irônicas – não acredito que uma estranha como você tenha um namorado, ele deve ser seu guarda-costas, sim, vocês não são tão idiotas como pensei.
Salazar apenas ignorou a presença de Pedro e se agachou na frente de Aline, ele estendeu sua mão para ela pedindo para ver o inchaço, a garota resistiu no inicio, mas quando olhou para seu rosto ele estava sorrindo, ela perdeu o medo e lhe estendeu a mão. Vagarosamente ele apalpava o inchaço, a pequena segurava os gemidos de dor, em seguida ele pegou a outra mão dela e a puxou ao mesmo tempo em que ele se levantava acabando assim fazendo-a abraça-lo, ela realmente era tão pequena que sua cabeça ficou poucos centímetro abaixo de seu tórax, ao perceber a situação constrangedora ela o empurrou e sentiu uma forte dor na mão inchada.
Agora não tão sorridente Salazar levou a mão até a cabeça de Aline e acariciou-lhe o cabelo:
- Não se preocupe pequena, não vou lhe fazer mal – ele olhou para Pedro que olhava sem entender muito – mas já não posso lhe dizer o mesmo Pedro Cruz.
Pedro ficou confuso, nunca havia visto aquele homem em sua vida, mas não importava, ele apenas queria se vingar e enfrentaria qualquer um que entrasse em seu caminho:
- Você é um guarda-costas muito estranho, nos conhecemos de algum lugar? Enfim não me importa, eu vou matar você na frente dela para servir de exemplo!
Pedro investiu contra Salazar e deu uma estocada direta, mas ele desviou, ele resmungou algo e deu outra estocada novamente sem sucesso, irritado, Pedro começou a atacar Salazar sucessivamente sem pausas, seu alvo era sua barriga, um corte ou uma perfuração profunda no estomago o deixaria incapacitado, o faria perder muito sangue e sem atendimento imediato seria morte na certa, mas Salazar era muito veloz e desviava de todos os ataques. Aline observava a disputa com muito espanto, já havia visto nos arquivos de seu pai vários vídeos que mostravam lutas que envolviam assassinos experientes, mas a velocidade e a facilidade com a qual Salazar desviava das estocadas era impressionante, ele parecia estar brincando, talvez até mesmo entediado.
Após uma longa sequencia de ataques Pedro recuou, ele estava cansado e espantado com tamanha agilidade:
- Quem é você, não é um guarda-costas comum, você é um policial de elite?
Andando lentamente Salazar foi se aproximando do rapaz, ainda com a expressão calma no rosto, algo que irritava passado certo tempo, ele olhou nos olhos de Pedro:
- Eu sou atualmente o segundo melhor, mas por pouco tempo.
Sem entender muito bem Pedro fez uma cara de confuso, mas logo em seguida percebeu quem ele era, sua expressão mudou de confusa para desesperada, suas pernas ficaram fracas e suas mãos tremiam, ele começou a suar frio e pensou em correr, mas era tarde. Salazar já estava bem a sua frente e lhe desferiu um golpe com a mão esquerda na garganta, imediatamente o rapaz soltou a lâmina e levou ambas as mãos ao pescoço sentindo grande dor e falta de oxigênio, antes mesmo da lâmina que Pedro soltou  tocar o chão Salazar a pegou no ar com a mão esquerda e com um giro rápido perfurou a garganta do rapaz que caiu no chão morto no meio da rua que agora estava com uma grande poça de sangue.

Aline presenciou tudo, mas aquilo era muito absurdo, embora já tivesse presenciado combates e assassinatos pelos vídeos dos arquivos de seu pai, aquilo era diferente, era real, e tudo aconteceu muito rápido, a pequena ficou um pouco tonta, tentou se equilibrar, estava se sentindo fraca, até que apagou de vez.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Richard ficou repousado em sua poltrona até se acalmar do susto, definitivamente Salazar não era uma pessoa comum, a casa e a moto caras, morando sozinho tão novo, e muito calmo para alguém tão jovem, afinal jovem são muito impulsivos.
Depois de um tempo pensando ele se levantou e foi realizar os afazeres diários, lavou a louça do café, varreu a casa, arrumou seu quarto grande e solitário que era cheio de fotos de sua falecida mulher, e por fim estava a preparar o almoço estava quase na hora da pequena voltar para almoçar. Mesmo enquanto realizava suas tarefas diárias ele continuava a pensar sobre Salazar, definitivamente ele estava desconfiado dele, estava distraído quando seu celular tocou, era Aline, ela estava avisando que não almoçaria em casa e que chegaria tarde por causa de uma prova surpresa. Seu pai não gostou daquilo, naquela noite seria seu turno e sempre antes de sair a pequena sempre estava em casa, porém não havia o que fazer.
Após o almoço solitário Richard dormiu, era preciso para aguentar às longas e tumultuadas noites de uma cidade repleta de assassinos.
Tirada sua soneca da tarde Richard acordou às 5 horas da tarde, tomou um banho rápido, vestiu o uniforme de investigador e colocou por cima uma jaqueta preta que havia ganhado de sua mulher, às 6 horas um carro da policia passaria para pega-lo em sua casa, mas ele estava nervoso pelo fato de sua filha chegar mais tarde naquela noite. Finalmente o relógio marcou 6 horas e com alguns minutos de atraso o carro da policia estava buzinando em frente a sua casa, o Investigador ainda enrolou um pouco, mas viu que era em vão, trancou a porta e foi para o carro. Cumprimentou o colega de trabalho, seu nome era Leter Hawk, um rapaz jovem que pretendia se tornar um policial de elite, e claro ainda era um simples policial, que as vezes auxiliava o investigador como guarda-costas. O investigador já estava dentro do carro, e já estava de saída, ao passar a frente da casa de Salazar ele estava sentado na grama brincando com três filhotes de cão, era difícil dizer a raça eram muito pequenos ainda, em seguida viraram a esquina e seguiram para mais uma noite de trabalho.
Após alguns minutos circulando pelos bairros sossegados, o carro que levava o investigador chegou à avenida principal da cidade que estava congestionada por causa do horário de pico, ele não parava de pensar em Aline, até que esta mandou uma mensagem em seu celular:

“Já cheguei ao ponto da esquina de casa, pode ficar despreocupado, te amo!!!”

Ao ler a mensagem o investigador ficou um pouco mais calmo, agora lhe restava sair daquele congestionamento.
Enquanto isso a pequena Aline já caminhava para sua casa, ela dava passos rápidos porem curtos, sabia que não era uma boa ideia a filha de um investigador andar sozinha a noite, embora poucos soubessem que seu pai era investigador, não era bom arriscar, afinal, já bastava o senhor Don Borges que era um tremendo de um língua solta.
Ela já avistava sua casa quando ouviu o barulho de uma moto, não era muito potente pelo ronco, ela continuou andando de cabeça baixa até a moto passar, mas o motoqueiro subiu a calçada e passou muito próximo dela que caiu assustada, seu material estava todo pelo chão, ela o juntava rapidamente, mas o motoqueiro voltou, e parou a sua frente, ele desceu da moto e tirou o capacete surrado provavelmente de várias quedas, ao olhar para o rapaz a pequena ficou em choque, era um rapaz um pouco mais alto que ela, seu nome era Pedro Cruz, ele era filho de Theo Negri Cruz, o assassino que morava na residência de número 301, sim, o pai dele estava preso por causa de Richard, e era óbvio que ele não estava ali para agradecer.
Paralisada Aline estava de joelhos na calçada com seu material da faculdade em mãos, o rapaz deu um forte chute em sua mão e jogou o material dela no meio da rua, ela segurava sua mão que doía muito, talvez tivesse aberto o pulso ou até mesmo quebrado.
- Vocês são mesmo muito arrogantes, ou muito burros – disse o rapaz encarando a pequena com uma cara enfurecida, ele parecia guardar um grande ódio – seu pai deixou você andando sozinha e pensou que eu nunca me vingaria do que ele fez?
Aline estava tão apavorada que não sabia o que fazer, e sua mão que doía muito agora estava inchando e ficando roxa.
Pedro se ajoelhou e olhou nos olhos da pequena, levou sua mão ao queixo dela e disse:

- Minha mãe foi embora com outro cara e levou meus irmãos, com ela, seu pai desgraçou a vida do meu pai e a minha, agora eu vou retribuir o favor para ele – o rapaz levou a outra mão até a panturrilha esquerda, ergueu a barra da calça e puxou uma lâmina simples.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Richard terminou de recolher os estilhaços da xícara, em seguida Aline desceu as escadas, estava com seu material da faculdade, sua expressão era mais calma, ela se despediu de seu pai e foi para o ponto de ônibus. Eram apenas sete e meia da manhã, a vizinhança começava acordar, Richard recolheu todo o lixo da casa e o levou para fora, era uma manhã gelada, mas agradável, ele estava em frente a sua casa, ao lado dos cestos de lixo quando reparou um caminhão de mudanças virando a esquina, passou em frente a sua casa e parou 5 casas depois, mais especificamente na casa de número 301, a expressão do investigador ficou séria, ele puxou sua caixa de cigarros do bolso, retirou um e acendeu, ele continuava encarando o caminhão de mudanças encostado quando uma grande e potente moto chamou sua atenção, ela estava sendo pilotada por uma motoqueiro que usava uma jaqueta de couro preta, seu capacete era laranja mas não era possível ver quem era pois a viseira era espelhada.
Mas não importou muito, o motoqueiro subiu a calçada da casa á esquerda da sua e estacionou na grama próximo a porta, era Salazar, ele estava com um grande saco de pão.
Como ainda não havia conversado com ele, Richard foi investiga-lo, foi andando lentamente em direção a ele, o investigador não pode deixar de reparar na moto, era muito grande devia ser 600 cilindradas, um ótimo veículo de fuga, o rapaz parecia estar esperando por ele já que ficou parado em cima da moto até ele chegar e se apresentar:
- Bom dia, sou Richard, seu vizinho!
Salazar retirou o capacete, deixou o saco de pão deitado sobre o banco da moto e ficou segurando o capacete embaixo do braço direito, ele passou sua perna esquerda para o lado direito da moto e ficou encostado nela:
- Bom dia senhor Richard, sou Salazar, o senhor deve ser o pai da pequena Aline.
Irritado por Salazar mencionar Aline, Richard soltou uma grande tragada de fumaça na cara de Salazar que não se importou:
- Como sabe que sou pai da Aline, já conversou com ela?
- O senhor Don Borges nos apresentou, e falou muito de vocês, muito bem – Salazar mantinha uma cara calma enquanto Richard soltava grandes baforadas de fumaça em sua cara – Também falou da vizinhança calma, que foi perturbada no passado por um assassino, mas o senhor conseguiu pegá-lo em um ato heroico.
Acabado seu cigarro, o investigador não poderia mais irritar o rapaz com as baforadas, então decidiu se retirar:
- Não foi um ato heroico, fiz meu trabalho e papel como pai, que é proteger minha família, mas não se engane rapaz, não vou com a sua cara, não serei seu amiguinho, e não quero você conversando com a minha filha, o recado foi dado, tenha um bom dia.
Dito isso o investigador virou as costas e estava indo em direção a sua casa quando Salazar lhe respondeu:
- Não se preocupe senhor Richard, não sou um rapaz que gosta de confusão e sua filha não faz meu tipo, ela é muito pequena e magra, não é atraente.
Irritado o investigador pensou em voltar, mas manteve a calma e seguiu seu caminho, quando pisou na área de sua casa e levou a mão á maçaneta da porta percebeu algo estranho, ele virou-se para trás e levou um susto, Salazar estava bem atrás dele, ele não demonstrou que estava assustado, mas estava intrigado com a velocidade e sutileza que o rapaz teve ao se aproximar dele:
- Como você chegou aqui tão rápido? Não tenho mais nada para conversar com você!
Ainda com a expressão calma e o sorriso no rosto, o rapaz deu um recado com a voz baixa:
- Acalme-se senhor Richard, estou aqui apenas para lhe pedir para nunca mais fumar quando estivermos próximos, meu médico disse que posso ficar extremamente sádico e agressivo em contato com nicotina.
Dito isso o rapaz bateu sua mão de leve sobre o ombro de Richard e voltou para sua moto, pegou seu saco de pão e o capacete que havia soltado e antes de entrar em sua casa cumprimentou Richard.
O investigador entrou em sua casa e sentou-se na sua poltrona, acendeu outro cigarro e falou para si mesmo:

- Eu devo ter um imã de assassinos.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

No dia seguinte, como a pequena havia ido dormir sem jantar levantou bem cedo com muita fome, porém Richard já estava terminando de preparar o café, a garota ainda esfregava os olhos ao  sentar-se à mesa, tentou dizer bom – dia, mas bocejou no momento e nada saiu muito sonolenta e com a barriga roncando ela apenas acenou com a mão.
Embora trabalhasse durante a noite, os investigadores não trabalhavam todas as noites, eles intercalavam suas escalas, trabalhavam um dia sim e um dia não.
Richard pôs á mesa uma garrafa de café e uma caixa de leite, em seguida pegou da pia um prato com três mistos-quentes, rapidamente a pequena atacou um misto-quente, enquanto o destruía Richard perguntou:
- Posso saber por que a senhorita não jantou ontem?
A garota engoliu o misto-quente de uma vez, bebeu um copo de leite pela metade e ficou encarando o terceiro misto aguardando seu pai lhe dar a permissão de pegá-lo, e ele deu, a garota continuou a comer sem responder nada ao seu pai, que era paciente, mas nem tanto.
Com muita velocidade Aline devorou dois mistos-quentes, e terminou seu copo de leite, seu pai ainda estava na metade do dele, ele segurava uma grande xícara de café na mão esquerda e a mão direita sustentava o queixo, ele ainda aguardava uma resposta. Como não era muito boa em mentir, ainda mais para seu pai, Aline foi direta:
- Eu estava espionando o vizinho, ele é um cara muito estranho, recebendo mudanças àquela hora da noite? E o que era aquilo? Um dos baús caiu e fez um grande barulho de tigelas de metal ou alumínio batendo, ele é um cara misterioso.
Richard estava com uma expressão séria, ele virou seu café de uma única vez:
- Não gosto daquele rapaz, ele é como você disse, misterioso, e pessoas misteriosas escondem algo grave, poderia pesquisar sobre ele hoje a noite nos arquivos se tivesse o nome dele, ele tem uma expressão muito tranquila, não gosto disso.
O investigador estava colocando mais uma xícara de café quando Aline falou:
- O nome dele é Salazar, mas não sei o sobrenome e quando foi que o senhor o viu?
Richard olhou para Aline e esqueceu que estava colocando café, que transbordou da xícara, e escorreu queimando seu dedo, ele levantou a garrafa e colocou a xícara sobre a mesa.
Ele olhava fixamente para Aline, ele não queria que ela já tivesse tido contato com o rapaz:
- Desde quando você conhece aquele rapaz?
Aline tentava disfarçar que estava sem graça, pois sabia que havia desobedecido a seu pai, ele olhava para o lado da escada e enrolava os dedos em seu cabelo curto:
- O conheci ontem enquanto conversava com o senhor Don Borges, mas não conversei muito com ele, ele é um cara estranho, parece que ele sabe tudo o que se passa na minha cabeça.
- Mas não é preciso muito para saber o que se passa na sua mente, sua cara transmite tudo que esta pensando, você é um livro de emoções aberto – Disse Richard brincando, a garota ficou mais sem graça ainda, mas em seguida a expressão dele mudou para séria – Mas não quero você conversando com aquele rapaz, já te expliquei que não é bom conversar com muitas pessoas...
Antes que o investigador pudesse terminar o que estava dizendo, a pequena se levantou de cabeça baixa e foi em direção para a escada, enquanto subia as escadas murmurou algo:
- Eu já entendi, não devo socializar com muitas pessoas, nem criar círculos de amizade, para que não ocorra o que aconteceu com os residentes da casa 301.
Richard olhou a pequena subir a escada de cabeça baixa até ela chegar ao segundo andar, ele pegou seu café que já estava frio, mas o ingeriu ainda assim, segurou a xícara apenas pela alça e girava a xícara como um brinquedo, começou e pensar em coisas do passado, de quando sua mulher ainda era viva e disse com voz baixa:
- Será que ela também se sentia assim? Um pássaro dentro de uma gaiola em meio á uma floresta?
Distraído o investigador esqueceu que estava girando a xícara e acabou lançando-a longe, como era de porcelana a xícara se dividiu em centenas de pedaços que se esparramaram por todo o chão da cozinha, apavorado ele olhava para os estilhaços do que era uma xícara no chão e gritava:

- Não se preocupe! Sem problema, eu pego! Eu limpo! Eu limpo!

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Capitulo 2: Vizinhança perigosa.

Após o gesto inesperado do rapaz, a pequena Aline não conseguiu conter sua vergonha e foi correndo para sua casa. O senhor Don Borges ria da cena e dava fortes tapas na costa do rapaz, que continuava encarando a pequena à distância com uma cara sarcástica.
Com muita velocidade a pequena Aline entrou na sua casa e bateu a porta da sala fazendo um enorme barulho, nem se importara se acordara seu pai, em seguida ela jogou suas coisas sobre o sofá, e correu para a janela para observar o novo vizinho. Mas para sua surpresa ele estava olhando para janela, especificamente para ela, de alguma maneira ele já esperava que ela fosse correr para lá. Ainda com um sorriso sarcástico o rapaz acenou para ela, furiosa com o gesto, Aline mostrou o dedo do meio para o rapaz, como um sinal mandando ele “se foder” e subiu para seu quarto.
A mudança já havia acabado, todos os móveis já estavam dentro da casa em seus devidos lugares, o senhor Don Borges entregou as chaves na mão de Salazar, eram duas chaves,  da porta da sala que se situava na frente e da porta da cozinha que ficava nos fundos, as chaves dos quartos encontravam-se em suas respectivas portas.  O rapaz acenou com a cabeça se despedindo do senhor Don, mas quando virou para entrar na casa a mão dele tocou em seu ombro, voltando seu olhar novamente para o senhor Don agora o rapaz estava sério, mas o senhor Don também:
- Escute rapaz, não sei o que você faz para viver ou o que lhe traz para um bairro simples como este - disse o senhor Don Borges, ele era velho, mas qualquer um notaria e acharia estranho um rapaz jovem, mudando para uma casa com aluguel caro, morando sozinho, sem levar em conta que todos os móveis da casa que eram totalmente novos – Mas vou avisar-lhe esta não é uma vizinhança calma, embora um investigador more aqui no bairro, já tentaram mata-lo duas vezes, e na casa de número 301 morava um assassino.
O rapaz olhava fixamente para a casa do investigador, enquanto o senhor falava, ele estava concentrado olhando para casa e não percebeu que o senhor já havia terminado, o clima ficou tenso e estranho:
- Oh, me desculpe senhor Don – disse o rapaz para romper o clima tenso que havia criado – eu acabei me distraindo com o que o senhor disse, mas não se preocupe, eu sei me cuidar.
A casa já havia sido entregue, e o aviso já havia sido dado, o senhor Don se despediu do rapaz, e se dirigiu para seu carro, era um carro antigo, provavelmente do ano de 1964, porém ele estava restaurado com bancos de couro e pintura impecável, entrou e ligou o carro e vagarosamente foi se distanciando, até virar a esquina e finalmente desaparecer.
Já era noite, na casa de Richard praticamente todas as luzes da casa estavam acesas, diferente da casa ao lado, onde apenas as luzes da sala e da pequena cobertura da frente estavam acessas. Richard já havia acordado á algum tempo, e estavam na cozinha preparando a janta, enquanto Aline estava em seu quarto fazendo os deveres e trabalhos da faculdade, que sempre fazia sozinha, pois nunca tinha grupo. Enquanto fazia seus deveres a garota ouviu o barulho de um caminhão que abria suas portas, algo estranho para o horário avançado que já era, logo a pequena correu para a janela e pôde ver o seu vizinho alto em pé no gramado a frente de sua casa e um caminhão baú velho estacionado, Richard também notou o barulho e estranhou, decidiu dar uma olhada, mas se saísse naquele momento seu arroz queimaria. A garota apagou a luz do seu quarto e ficou espiando o que acontecia na frente da casa do novo vizinho.
Dois homens desceram do caminhão e abriram a porta traseira dele, onde havia outros dois homens, eles puxaram de dentro do caminhão um enorme baú de madeira e entregaram para os outros dois que o carregaram para dentro da casa do rapaz, e fizeram isto com outros dois baús, eram grandes, mas não pareciam muito pesados.  Quando estavam carregando o ultimo baú a mão de um dos carregadores escorregou e o baú caiu no chão, um grande barulho de metais batendo pode ser ouvido, o outro carregador deu uma enorme bronca no companheiro que estava assustado, logo ele levantou o baú e o levara para dentro da casa.
Depois de entregar todos os baús, os quatro carregadores foram embora rapidamente, e Salazar, que era como o vizinho havia se apresentado para Aline, estava novamente em pé no gramado da frente, ele ficou um tempo parado olhando para lua que estava cheia naquela noite, e subitamente olhou para a janela do quarto de Aline, a garota se assustou, pensou que ele podia tê-la notado, mas a pequena lembrou que estava com a luz apagada e que ele não poderia vê-la, mas para sua surpresa ele acenou para ela. Rapidamente a garota puxou as cortinas e correu para sua cama se enrolando na coberta:

 - Aquele cara é muito estranho – disse a pequena embrulhada na sua coberta, em seguida caiu no sono sem nem se quer jantar.

domingo, 15 de junho de 2014

A garota que abriu a porta era Aline, sua filha, com 18 anos de idade quem olhasse para ela diria que ela tinha apenas 12 anos, uma garota baixinha e magrinha, poucas curvas, uma mulher com corpo e rosto de criança, cabelos e olhos castanhos claros e pele muito branca, como a da falecida mãe.
Richard abraçou-a e disse bom dia, foi até a cozinha viu que o café da manhã já estava pronto, ele iria direto para cama, mas decidiu não fazer desfeita e sentou-se a mesa, em seguida a pequena se juntou a ele, ainda esfregava os olhos de sono:
- Como foi essa noite? Muito agitada? Ou calma?
O investigador não gostava muito de falar sobre seu trabalho com sua filha, ele tentava mantê-la o mais distante possível do mundo caótico o qual ele era envolvido, mas era uma tarefa difícil:
- Não houve nada demais, como sempre.
A garota que até o momento estava sonolenta acordou subitamente e ficou de pé a beira da mesa com uma expressão de raiva:
- É sempre assim, sempre que tento saber algo respeito do seu serviço você nunca diz nada, acabo sendo obrigada a olhar os seus arquivos do notebook escondida!
Richard engasgou com o pão, após cuspir alguns farelos deu uma bronca em Aline:
- Já disse que não quero você mexendo no meu computador! E como você consegue acessa-lo? Eu mudo a senha a cada cinco dias?
- Eu preciso de sua ajuda para os trabalhos da faculdade, sabe que quando me formar pretendo seguir profissão com jornalismo investigativo, e não vou te dizer como quebro suas senhas, seria tolice! – disse a garota dando uma leve risada da cara de seu pai, a jovem Aline cursa o primeiro ano de jornalismo, e como dito ela pretende seguir carreira como jornalista investigativa, algo que não agrada muito seu pai.
Já terminado seu café, o investigador que agora tinha que cumprir o seu papel de pai, pegou sua filha pela orelha direita e a torceu!
Com a mão na orelha que agora estava vermelha, a garota encheu os olhos de lágrimas, uma pessoa daquele tamanho não era preciso muito para deixa-la dolorida, Richard estava subindo as escadas para seu quarto, por causa do horário que ele sempre chega a sua casa, ao invés de dizer bom dia, ele sempre acaba dizendo boa noite para Aline, que responde ironicamente:
- Boa noite senhor fuso-horário!
Agora Aline se arrumava para ir para faculdade, seu curso era de período integral, seu pai não tem dinheiro para pagar uma faculdade para ela, por isso ela conseguiu uma bolsa em uma universidade bem conceituada, a UNIVERSIDADE ULTRA DE MERIDIONALI, uma faculdade onde apenas filhos de grandes investidores da bolsa, filhos ou agregados de mafiosos e jovens assassinos conseguem entrar por causa de suas altas parcelas.
A pequena Aline se arrumava rapidamente, pois dependia do transporte público para se locomover até a universidade, e este ainda parava á duas quadras dela, a universidade controlava muitas coisas ao redor dela, não havia casas nas quadras ao redor da universidade, apenas lojas de roupas internacionais e algumas livrarias com artigos estudantis com preços fora do comum, como dito, era uma universidade para pessoas com dinheiro a reveria.
E como isso era algo que a pequena Aline e seu pai não continham muitos alunos da sua sala evitavam conversar com ela, na verdade quase que toda a universidade tinha esse tipo de preconceito, sua única amiga era uma estudante de direito, também bolsista, mas que mantinha em sigilo o fato de ser bolsista, e também mantinha em sigilo o fato de ser “amiga” de Aline.
Duas quadras antes da universidade o ônibus parou, a única pessoa a descer foi Aline, o veiculo seguiu e agora a garota andaria duas quadras até seu destino, algo que era uma tortura para uma garota de 18 anos de idade, afinal ela passava por lojas de roupas de marcas caras, e artigos eletrônicos de ultima geração como computadores, tablets, celulares e smartphones, todos com preços exorbitantes, a pequena Aline não era uma pessoa consumista, e nem ligava muito para moda, mas sempre ouvia algum universitário gozar dela por ser uma pessoa simples e humilde, em meio a arrogantes cheios da grana.
A universidade podia ser um lugar repleto de pessoas arrogantes e trapaceiras, mas sempre que Aline se deparava com sua entrada se surpreendia com sua grandeza, o lugar era enorme, com uma arquitetura gótica, lembrava os antigos castelos europeus, continha torres e até algumas gárgulas espalhadas pelos muros, e um estacionamento na frente que era repleto de carros esportivos, claro.
Já na sala de aula, os demais alunos ignoravam a chegada da pequena, que não se importava mais com isto, enquanto alguns não a provocavam por causa de seu pai que era investigador, outras a provocavam de propósito, filhos mimados de mafiosos e políticos corruptos que gostavam de mostrar que seus pais manipulavam tudo.
As aulas do período da manhã passaram rápido, e durante o intervalo Aline recebeu a noticia do coordenador do curso de que não haveria as aulas do período da tarde naquele dia, sendo assim Aline voltaria para casa muito mais cedo naquele dia.
Durante o intervalo a pequena foi até a biblioteca e alugou um livro o qual necessitava para estudar para as provas que se aproximavam, e se dirigiu para a saída da universidade, o local estava lotado pelo motivo de ser intervalo, logo ninguém percebeu ela, por um momento ela se sentiu feliz, ninguém havia provocado ela naquele dia, mas ao cruzar o estacionamento, um rapaz alto e forte gritou:
- Já vai embora tão cedo cinderela!
Aline ficou séria e seguiu seu caminho, ainda pode escutar a namorada do rapaz brigando com ele:
- O que deu em você? Pare de gritar para aquela garota no meio de tanta gente, vão pensar que você conhece aquela estranha!
Ofensas e gozações já não afetavam mais Aline como afetava no inicio, o que ela mais queria é se tornar invisível aos olhos dos outros estudantes, assim poderia seguir quase que normalmente sua vida de universitária, afinal a única coisa que ela queria era se graduar, como sempre foi muito tímida não tinha muitos amigos no seu bairro, e os vizinhos não gostavam que seus filhos brincassem com ela pelo motivo de ela ser filha de um importante investigador da policia, que possivelmente estaria na mira dos criminosos, e sim ele esteve e provavelmente esta.
Depois de um longo trajeto de ônibus a pequena Aline chegou a sua casa, estava na calçada quando percebeu um movimento diferente na casa ao lado, era uma bela casa, mas não era ocupada já fazia alguns meses, estava com a pintura acabada e precisava de alguns retoques na pintura e nas paredes, também era uma casa com sobrado, mas diferente da sua era de alvenaria e não de madeira, estivera um bom tempo desocupada por causa do autor valor que o dono pedia no aluguel, porém agora alguém estava a mudar para lá, havia  dois caminhões de mudanças descarregando móveis e eletrônicos, e a frente da casa estava o proprietário, o senhor Don Borges, um senhor de idade, baixo, barriga grande, cabelos e bigode brancos e usava um chapéu de pesca que era seu maior passatempo, ele conversava com um rapaz alto, provavelmente o novo inquilino da casa, Aline iria passar despercebida, mas o senhor Don Borges á viu e a chamou para cumprimentar o rapaz.
 Aline era tímida, mas tinha educação, e se aproximou dos dois de cabeça baixa, antes que pudesse se apresentar o senhor Borges fez isso por ela:
- Esta pequena e adorável mocinha é Aline, filha do seu futuro vizinho Richard Brumm, ele é um reconhecido investigador da polícia, então é melhor não provocar ele ou sua filha – o senhor Borges era brincalhão, e já conhecia Richard e Aline há muito tempo.
O novo inquilino foi cumprimentar Aline, ela estendeu a mão para cumprimenta-lo, o rapaz levou a mão esquerda  ao bolso e tirou algumas balas, entregou-as para a pequena e com a mão direita batia levemente na cabeça dela:
- Olá garotinha, espero que possamos ser amigos!
Por causa de sua aparência de 12 anos de idade o rapaz pensou que Aline realmente tivesse apenas 12 anos e estivesse chegando da escola, a pequena ficou de cara fechada e disse uma voz baixa, porém brava:
- Eu tenho 18 anos, não precisa me tratar como se eu tivesse apenas doze.
O rapaz ficou sério, Aline pensou que havia deixado o novo vizinho sem graça, e tentou se desculpar, mas o rapaz a interrompeu:

- Tudo bem, não precisa se desculpar, na verdade odeio crianças, estava apenas tentando ser gentil, mas assim é melhor a propósito, perdoe minha grosseria – o rapaz puxou a mão de Aline e deu um leve beijo sobre ela, a garota ficou com o rosto totalmente vermelho, ela queria se esconder naquele momento – meu nome é Salazar, serei seu novo vizinho.

sábado, 31 de maio de 2014

O investigador Richard coletou todas as amostras do local do crime, eram poucas mas seriam úteis, ele tem um parceiro, mais para um aprendiz de investigador seu nome era Giovani Giglio, baixo, cabelo cortado no estilo militar, magro e olhos arregalados sempre procurando algo de diferente que pudesse chamar atenção, além de ajudar na coleta de pistas e no estudo delas ele gostava de dar palpites, conhecia boa parte da ficha criminal dos assassinos mais conhecidos, mas tinha um grande problema em ficar quieto.
Durante a mesma madrugada após coletarem as pistas foram para o laboratório averiguá-las, durante todo o tempo Richard estava quieto tentando encontrar algo nas fotos do local que indicassem uma pista, mas Giovani não parava de falar um único momento:
- Senhor Richard, quem o senhor acha que foi dessa vez? o mamute azul? o corvo? ou teria sido o berseker? havia pouco sangue para ter sido o berseker, talvez tenha sido algo feito pela viúva negra!, mas havia muito sangue no local, poderia ter sido o grupo de assassinato hiena?
Depois de algum tempo olhando para as fotos o investigador notou uma pegada em meio a possa de sangue e pediu para o garoto tagarela amplia-lá  no computador, o garoto finalmente ficou quieto e fez o que ele pediu, após ampliada a imagem era possível notar uma pegada clara, era de um sapato social, as dimensões indicavam que era de número 40, provavelmente um homem, alto  e bem trajado.
O garoto observou a imagem por um tempo e depois a imprimiu, olhou bem para a impressão e disse desanimado:
- Ora essa, vários assassinos se vestem com roupas sociais, isso vai dificultar o caso, novamente ele sera mais um arquivado, isso também elimina os assassinos que mencionei.
Richard abriu a gaveta de arquivos e pegou uma pasta com todos os dados sobre o senhor da noite, haviam apenas duas imagens em sua pasta, uma que capturava uma silhueta sobre um prédio e outra que havia capturado a lâmina de sua espada, mas estava borrada, ele retirou a imagem das mão do garoto e guardou dentro da pasta:
- Vai pra casa garoto - disse o investigador bocejando e olhando no relógio, ja era quase seis horas da manhã - isto não é hora de você estar na rua, não sei como seus pais deixam você sair na madrugada.
O garoto que agora se entregava ao sono pegou sua bolsa com suas tralhas, e saiu murmurando algo a respeito de seus pais não fazerem ideia de que ele estava ali, e assim foi para sua casa.
Richard Brumm, que é seu nome completo, é o mais velho entre os policias, com seus 40 anos de idade, a maior parte ou morre ou aposenta por invalidez, poucos continuam até tão tarde, é um trabalho desgastante que poucos querem fazer, e poucos fazem direito.
Ja era praticamente manhã, e o investigador cansado voltava para sua casa no ônibus, após 20 minutos de espera dentro do veículo super-lotado ele finalmente chegou ao seu ponto, ficava a três quadras de sua casa, era bom para fazer uma caminhada, ele sempre passava em frente a uma floricultura, a qual havia logo cedo uma mulher organizando as plantas, era uma mulher jovem, 35 anos, cabelos curtos e negros, pele branca, grande busto e olhos verdes, ela era divorciada e sempre que possível parava Richard para conversar, mas este pouco falava e logo continuava seguindo seu rumo.
Mesmo ja tendo 40 anos Richard não aparentava ser velho, tinha estatura média, era magro, continha uma grande barba, e nenhum cabelo branco, era um bom partido, sua idade favorecia sua aposentadoria, seria um homem com tempo para a família, mas ainda não havia superado a morte da esposa, e ao seu ver jamais superaria.
Finalmente, passaram-se as três quadras e a terceira casa do quarteirão era a do investigador garanhão, uma casa azul de madeira, com uma pequena varanda na frente, cercada com uma cerca de madeira toda remendada com compensados, continha dois andares e no fundo uma área coberta com churrasqueira que que já não era usada há um bom tempo.
O piso da casa era de madeira, e logo que ele pisou na varanda e levou a mão ao bolso para pegar o molho de chaves a porta se abriu lentamente e uma jovem com os olhos inchados, ainda com seu pijama e com cara de sono abriu porta dizendo:
- Bom dia pai, o senhor demorou para chegar.

sábado, 24 de maio de 2014

O mundo dos assassinos é cruel, impiedoso, e rodeado de pessoas gananciosas que perdem a vida por alguns milhões, sim, milhões, os assassinos se encontram em bairros periféricos, distantes do centro onde as autoridades policias não ousam pisar, lá eles encontram armas, bebidas, transportes, mulheres e acima de tudo serviços. Existe uma praça repleta de barracas, que vendem as mais variadas mercadorias, desde espetinhos feitos com carne de gatos de rua até as melhores lâminas para matar.
No centro da praça existe um grande painel eletrônico com todos os serviços presentes para os assassinos, esses serviços vão desde roubo de maletas confidenciais a assassinatos de importantes políticos, quem paga por esses serviços são os mafiosos, governantes importantes ou grandes senhores do bank que eliminam seus rivais financeiros, e os assassinos mantém total sigilo.
Para aceitar um serviço basta o assassino escolhe-lo e dirigir-se até a base do painel, lá haverá um teclado e nele o assassino digitará o código do serviço que aparece no painel e o seu nome de assassino, feito isso, no painel aparecerá que dado serviço esta sob cuidados de dado assassino, no painel acabará de aparacer que o roubo de uma maleta que valia 3 milhões de banks já havia sido realizado pelo senhor da noite.
Após cumprir sua missão o senhor da noite recebe uma mensagem indicando o local para recebimento pelo serviço prestado, geralmente os contratantes se reúnem em um famoso restaurante periférico chamado "medusa", lá o senhor da noite entrou e ficou sentado por um tempo até que dois homens de terno se aproximaram deixaram uma maleta com dinheiro sobre a mesa, agradeceram e foram embora com a maleta prata.
Após realizado o serviço, o senhor da noite procura um hotel caro para descansar, ele não tem casa, e nunca fica fixo em um único hotel, ninguém viu sua face ele realiza todas as missões com uma mascara que lhe tampa do queixo até o nariz, e ele esta sempre bem trajado, terno, calça e camisa social, gravata e sapato social, é um homem alto com cabelos e olhos negros, mas pouco sabe-se a seu respeito.
Há também a policia, claro, esta é dividida entre policiais, investigadores, peritos, falcões e caçadores, os policiai investigadores ocupam-se em tentar encontrar os autores dos crimes eles tem o apoio dos peritos, os policias são pessoas treinadas para combate corpo-a-corpo e manuseio de lâminas curtas e patrulham a cidade, os falcões tem a importante função de ficarem apaisana nas periferias observando os movimentos dos assassinos, são literalmente olheiros, e os caçadores são como os policias mas eles tem um treinamento rigoroso, aprendem combate corpo-a-corpo e o manuseio de lâminas curtas, médias e longas, são policias de elite treinados para situações extremas e perigosas, são muito habilidosos, e por seu treinamento ser rigoroso e intenso existem poucos, mas estes são exímios em que fazem.
Entre os investigadores da policia existe um chamado Richard, ele recebeu um chamado durante a madrugada para investigar um assassinato de vários guardas-costas e de três homens em um beco, logicamente ele atendeu o chamado o mais rápido possível, mas ao chegar no local não foi possível conseguir muitas pistas, mas por algum motivo, Richard sabia quem era o autor de tal coisa.

domingo, 18 de maio de 2014

Capitulo 01: O senhor da noite.

Era tarde da noite, quase madrugada, a cidade de Meridionali estava se pondo a dormir, e os assassinos estavam apenas acordando.
Um grupo de três homens corriam por entre os becos dos prédios carregando uma mala prata e comprida que estava amarrada a um deles pelo pulso, acima deles por entre os telhados dos prédios uma figura alta  e sombria os perseguia, após muito tempo os três pararam de correr, não avistavam mais a figura sinistra no topo dos prédios.
Um deles pegou o celular, ia pedir transporte para fugirem dali, mas a luz da lua refletiu uma lâmina que estava no topo do prédio, e quase que como em uma queda livre, a figura sinistra desceu do topo do prédio e com dois movimentos de sua espada cortou a mão e a garganta do homem que segurava o celular, os outros dois começaram a correr novamente, mas o assassino retirou de seu bolso quatro pequenas lâminas, lançou duas delas nas pernas do homem que carregava a mala prata, e as outras duas perfuraram o crânio do outro fugitivo que caiu morto com o nariz e os olhos sangrando.
O assassino se aproximava lentamente do homem caído com as pernas ensanguentadas, ele ainda tentava proteger a mala, o assassino ficou lado a lado com ele e pediu a mala, o homem fingiu que ia entrega-la mas com um movimento rápido retirou do bolso uma faca e tentou acertar a perna do assassino, mas este foi mais rápido e cortou-lhe a mão fora.
Agora com o braço esguichando sangue o homem se contorcia no chão, o assassino pisou em sua gargante para que ele parasse de se debater:
- Me entregue a mala e deixarei que você vá embora com sua outra mão.
Com dificuldade de falar o homem respondeu:
- Mesmo que eu lhe entregue a mala, quem me pagou pelo serviço, me encontraria e me mataria depois, mas o que me deixa mais amedrontado é que um único homem matou sozinho uma equipe de dez guarda costas assassinos!
Pisando mais forte no pescoço da vítima o assassino sorriu:
- Como pode considerar aqueles lixos assassinos? eu quando era criança era dez vezes mais ágil que aqueles sacos de ossos, foi mais divertido perseguir você e seus amigos do que esquartejar aqueles inúteis, agora, já que tanto faz eu te matar aqui ou não, seja um bom garoto e me entregue a mala.
O homem retirou do bolso a chave das algemas, desamarrou-as e entregou a mala na mão do assassino, que pegou a mala e virou as costas.
O homem confuso perguntou gaguejando:
- Espere, você não vai me matar? pensei que me mataria!
Minha missão era conseguir a mala, me ofertaram 3 milhões de banks para pegar essa mala, eu poderia te-la pego sem matar nenhum de seus guardas costas mas infelizmente você deu a eles a ordem de me pararem, os coitados se tremiam ao me ver apenas andar.
O homem ainda estava confuso, agora estava tonto e fraco, com certeza por causa de todo o sangue que perderá até o momento, já estava perdendo o assassino de vista quando gritou:
- Maldito queria que eu lhe entregasse a mala sem resistir? não seja tolo você é apenas um assassino, uma escória! amanhã ou depois estarei te encontrando no inferno seu desgraçado!
Lentamente o assassino virou-se para trás e com voz calma porém com um forte tom de arrogância respondeu:
- Tolo, não nasceu nem nascera o homem capaz de me matar, eu sou melhor em que faço, voce morrerá aqui por que não soube reconhecer seu lugar na cadeia alimentar, quando uma raposa abate um coelho e o lobo se aproxima ela corre e entrega o coelho para o lobo, por que ele é visivelmente superior a ela, você vai agonizar sua morte aqui por que não soube reconhecer a presença do senhor da noite dos assassinos.
Com isso ele virou as costas e desapareceu em meio a penumbra da noite.
...


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Os trechos da história que serão postados aqui são de autoria minha, e se passam em um mundo fictício onde não existem armas de fogo e a moeda circulante é o "bank" e contam a aventura de Salazar, um assassino profissional arrogante, ganancioso e fechado que busca a perfeição como espadachim e um certo dia acaba conhecendo Aline, filha de um importante investigador do esquadrão da policia, e que ao descobrir sua real identidade tenta muda-lo.