Capitulo 03 – O mundo dos assassinos.
Aline ficou sozinha, ela fechou a janela, lentamente para
não fazer barulho, deitou-se em sua cama, mas não dormiu, ficou olhando para o
teto, havia sido muito difícil manter-se calma na frente de Salazar, a verdade é
que ela estava espantada com tudo que ouvirá até o momento, uma parte dela
tentava negar tudo o que ele dissera, mas outra parte acreditava fortemente
nele, a pequena olhava para o teto escuro do quarto e soltou uma leve risada:
- O meu vizinho é um assassino, de tantos lugares para esse
infeliz ir morar, ele escolheu justamente morar ao lado de um investigador,
cretino!
Na manhã seguinte, Aline estava em um sono muito pesado,
também pudera, havia ido dormir muito tarde, estava de boca aberta e babando em
seu travesseiro, seu cobertor estava enrolado em seu pé e metade estava no
chão. Mesmo com o sono pesado ela sentiu um fraco cheiro de queijo no ar, ela
acordou com os olhos inchados, e sem ao menos lavar o rosto no banheiro ela
desceu as escadas cambaleando e foi para a cozinha. Ainda com os olhos inchados
de sono ela viu seu pai à beira do fogão, ele preparava o café de sempre, mas a
mesa estava forrada de alimentos, havia pão de queijo, bolo de laranja, goiabada
doce de leite e cappuccino. A garota admirou a mesa incomum por um tempo e
sentou-se:
- Caramba, eu deveria ser atacada mais vezes, assim teria
vários cafés da manhã assim!
Richard terminou de preparar o café e sentou-se a mesa
também, ele estava sério, apenas esperando um momento para bombardear a pequena
com perguntas, mas ele estava esperando ela aproveitar o café especial que
montara.
A pequena se deliciava com o café especial que ganhará, mas
seu pai se mantinha sério enquanto segurava uma xícara de café próximo à boca,
ele não bebia, mas também não repousava a xícara. Após se deliciar com o
saboroso café, Aline se espreguiçou e com o queixo sobre as mãos encarou seu
pai:
- Ok investigador, podemos começar o interrogatório!
De súbito, Richard bebeu o café, e olhando nos Olhos de
Aline começou a despejar as perguntas com total confiança, afinal Aline não era
boa em mentir, ainda mais para seu pai, que alem de ser um experiente
investigador, acima de tudo era seu pai, claro:
- Certo, vamos começar alguém estava acompanhando Pedro?
Você viu alguma pessoa estranha passando antes de Pedro de interceptar?
Aline respondia todas as perguntas sem balbuciar:
- Não ninguém acompanhava Pedro ele estava sozinho, ninguém
passava na rua no momento.
O investigador passou a mão no queixo e continuou:
- Ele mencionou alguma recompensa por mim ou por você? Que
tipo de arma ele usava? Quem o impediu?
Novamente a pequena respondeu sem hesitar:
- Não, ele queria apenas se vingar por que o senhor
descobriu que o pai dele era um assassino, ele usava uma faca simples Salazar o
desarmou e o matou com um golpe na garganta, em seguida eu desmaiei.
Richard andava de um lado para o outro pela cozinha, mas
quando Aline respondeu as duas ultimas perguntas ele parou, ficou encarando o
chão, tirou um cigarro do bolso, deu uma longa tragada em seguida soltou uma
longa baforada que fez com que o cheiro de nicotina tomasse conta da cozinha,
ele estava irritado e estava fumando para se acalmar, mas não estava dando
muito certo:
- Aline suba para seu quarto, vou ter uma pequena “prosa”
com o nosso vizinho assassino!
A garota pensou em questionar seu pai, mas ele estava muito
sério então ela apenas o obedeceu sem questionar, mas quando chegou a seu
quarto e correu para a janela, observando da janela reparou que havia uma moto
diferente no gramado vizinho, era uma moto muito simples comparada às outras
que Salazar tinha.