Longe de casa, já no departamento de policia, o investigador
estava mais tranquilo, mas por precaução pegou o celular para ligar para a
filha, mas antes que pudesse completar a ligação Leter Hawk o chamou, era uma ocorrência,
o investigador acabou guardando o celular e foi trabalhar.
Enquanto isso a pequena Aline ainda encontrava-se em uma
situação perigosa, a pequena estava sem reação, sua mão estava inchando e doía muito,
Pedro Cruz sacou a lâmina que estava escondida em sua perna e se levantou,
apontou o objeto cortante para a garota e perguntou:
- Não vai dizer nada em sua defesa? – a pequena cuspiu nele –
tudo bem, eu não queria mandar você para o inferno antes do seu pai, mas acho
que não tem jeito.
- Meu pai vai bater tanto na sua cara que nem o puto do seu
pai vai te reconhecer – gritou Aline tentando conter a dor.
Pedro se enfureceu com o insulto:
- Vadia, vou te ensinar a ter modos – ele investiu contra a
pequena que estava de joelhos no chão, a única coisa que ela fez foi fechar os
olhos e se encolher, porem nada lhe aconteceu.
Aline estranhou, não havia sentido nada exceto uma coisa
gosmenta em seu pé, ela abriu os olhos e viram três cachorrinhos lambendo seus
pés, Pedro não havia desferido o golpe, Salazar o impediu segurando seu braço no ultimo momento.
O rapaz chacoalhou o braço e se soltou, em seguida deu dois saltos para trás, ele
encarava Salazar que estava com uma expressão calma, como se nada estivesse
acontecendo ali.
- Quem é esse cara? É seu namorado? – Pedro dava risadas
irônicas – não acredito que uma estranha como você tenha um namorado, ele deve
ser seu guarda-costas, sim, vocês não são tão idiotas como pensei.
Salazar apenas ignorou a presença de Pedro e se agachou na
frente de Aline, ele estendeu sua mão para ela pedindo para ver o inchaço, a
garota resistiu no inicio, mas quando olhou para seu rosto ele estava sorrindo,
ela perdeu o medo e lhe estendeu a mão. Vagarosamente ele apalpava o inchaço, a
pequena segurava os gemidos de dor, em seguida ele pegou a outra mão dela e a
puxou ao mesmo tempo em que ele se levantava acabando assim fazendo-a abraça-lo,
ela realmente era tão pequena que sua cabeça ficou poucos centímetro abaixo de
seu tórax, ao perceber a situação constrangedora ela o empurrou e sentiu uma
forte dor na mão inchada.
Agora não tão sorridente Salazar levou a mão até a cabeça de
Aline e acariciou-lhe o cabelo:
- Não se preocupe pequena, não vou lhe fazer mal – ele olhou
para Pedro que olhava sem entender muito – mas já não posso lhe dizer o mesmo
Pedro Cruz.
Pedro ficou confuso, nunca havia visto aquele homem em sua
vida, mas não importava, ele apenas queria se vingar e enfrentaria qualquer um
que entrasse em seu caminho:
- Você é um guarda-costas muito estranho, nos conhecemos de
algum lugar? Enfim não me importa, eu vou matar você na frente dela para servir
de exemplo!
Pedro investiu contra Salazar e deu uma estocada direta, mas
ele desviou, ele resmungou algo e deu outra estocada novamente sem sucesso,
irritado, Pedro começou a atacar Salazar sucessivamente sem pausas, seu alvo
era sua barriga, um corte ou uma perfuração profunda no estomago o deixaria
incapacitado, o faria perder muito sangue e sem atendimento imediato seria
morte na certa, mas Salazar era muito veloz e desviava de todos os ataques.
Aline observava a disputa com muito espanto, já havia visto nos arquivos de
seu pai vários vídeos que mostravam lutas que envolviam assassinos
experientes, mas a velocidade e a facilidade com a qual Salazar desviava das
estocadas era impressionante, ele parecia estar brincando, talvez até mesmo
entediado.
Após uma longa sequencia de ataques Pedro recuou, ele estava
cansado e espantado com tamanha agilidade:
- Quem é você, não é um guarda-costas comum, você é um
policial de elite?
Andando lentamente Salazar foi se aproximando do rapaz,
ainda com a expressão calma no rosto, algo que irritava passado certo tempo,
ele olhou nos olhos de Pedro:
- Eu sou atualmente o segundo melhor, mas por pouco tempo.
Sem entender muito bem Pedro fez uma cara de confuso, mas
logo em seguida percebeu quem ele era, sua expressão mudou de confusa para
desesperada, suas pernas ficaram fracas e suas mãos tremiam, ele começou a suar
frio e pensou em correr, mas era tarde. Salazar já estava bem a sua frente e
lhe desferiu um golpe com a mão esquerda na garganta, imediatamente o rapaz
soltou a lâmina e levou ambas as mãos ao pescoço sentindo grande dor e falta de
oxigênio, antes mesmo da lâmina que Pedro soltou tocar o chão Salazar a pegou no ar com a mão
esquerda e com um giro rápido perfurou a garganta do rapaz que caiu no chão
morto no meio da rua que agora estava com uma grande poça de sangue.
Aline presenciou tudo, mas aquilo era muito absurdo, embora já
tivesse presenciado combates e assassinatos pelos vídeos dos arquivos de seu
pai, aquilo era diferente, era real, e tudo aconteceu muito rápido, a pequena
ficou um pouco tonta, tentou se equilibrar, estava se sentindo fraca, até que
apagou de vez.