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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Longe de casa, já no departamento de policia, o investigador estava mais tranquilo, mas por precaução pegou o celular para ligar para a filha, mas antes que pudesse completar a ligação Leter Hawk o chamou, era uma ocorrência, o investigador acabou guardando o celular e foi trabalhar.
Enquanto isso a pequena Aline ainda encontrava-se em uma situação perigosa, a pequena estava sem reação, sua mão estava inchando e doía muito, Pedro Cruz sacou a lâmina que estava escondida em sua perna e se levantou, apontou o objeto cortante para a garota e perguntou:
- Não vai dizer nada em sua defesa? – a pequena cuspiu nele – tudo bem, eu não queria mandar você para o inferno antes do seu pai, mas acho que não tem jeito.
- Meu pai vai bater tanto na sua cara que nem o puto do seu pai vai te reconhecer – gritou Aline tentando conter a dor.
Pedro se enfureceu com o insulto:
- Vadia, vou te ensinar a ter modos – ele investiu contra a pequena que estava de joelhos no chão, a única coisa que ela fez foi fechar os olhos e se encolher, porem nada lhe aconteceu.
Aline estranhou, não havia sentido nada exceto uma coisa gosmenta em seu pé, ela abriu os olhos e viram três cachorrinhos lambendo seus pés, Pedro não havia desferido o golpe, Salazar o impediu segurando seu braço no ultimo momento. O rapaz chacoalhou o braço e se soltou, em seguida deu dois saltos para trás, ele encarava Salazar que estava com uma expressão calma, como se nada estivesse acontecendo ali.
- Quem é esse cara? É seu namorado? – Pedro dava risadas irônicas – não acredito que uma estranha como você tenha um namorado, ele deve ser seu guarda-costas, sim, vocês não são tão idiotas como pensei.
Salazar apenas ignorou a presença de Pedro e se agachou na frente de Aline, ele estendeu sua mão para ela pedindo para ver o inchaço, a garota resistiu no inicio, mas quando olhou para seu rosto ele estava sorrindo, ela perdeu o medo e lhe estendeu a mão. Vagarosamente ele apalpava o inchaço, a pequena segurava os gemidos de dor, em seguida ele pegou a outra mão dela e a puxou ao mesmo tempo em que ele se levantava acabando assim fazendo-a abraça-lo, ela realmente era tão pequena que sua cabeça ficou poucos centímetro abaixo de seu tórax, ao perceber a situação constrangedora ela o empurrou e sentiu uma forte dor na mão inchada.
Agora não tão sorridente Salazar levou a mão até a cabeça de Aline e acariciou-lhe o cabelo:
- Não se preocupe pequena, não vou lhe fazer mal – ele olhou para Pedro que olhava sem entender muito – mas já não posso lhe dizer o mesmo Pedro Cruz.
Pedro ficou confuso, nunca havia visto aquele homem em sua vida, mas não importava, ele apenas queria se vingar e enfrentaria qualquer um que entrasse em seu caminho:
- Você é um guarda-costas muito estranho, nos conhecemos de algum lugar? Enfim não me importa, eu vou matar você na frente dela para servir de exemplo!
Pedro investiu contra Salazar e deu uma estocada direta, mas ele desviou, ele resmungou algo e deu outra estocada novamente sem sucesso, irritado, Pedro começou a atacar Salazar sucessivamente sem pausas, seu alvo era sua barriga, um corte ou uma perfuração profunda no estomago o deixaria incapacitado, o faria perder muito sangue e sem atendimento imediato seria morte na certa, mas Salazar era muito veloz e desviava de todos os ataques. Aline observava a disputa com muito espanto, já havia visto nos arquivos de seu pai vários vídeos que mostravam lutas que envolviam assassinos experientes, mas a velocidade e a facilidade com a qual Salazar desviava das estocadas era impressionante, ele parecia estar brincando, talvez até mesmo entediado.
Após uma longa sequencia de ataques Pedro recuou, ele estava cansado e espantado com tamanha agilidade:
- Quem é você, não é um guarda-costas comum, você é um policial de elite?
Andando lentamente Salazar foi se aproximando do rapaz, ainda com a expressão calma no rosto, algo que irritava passado certo tempo, ele olhou nos olhos de Pedro:
- Eu sou atualmente o segundo melhor, mas por pouco tempo.
Sem entender muito bem Pedro fez uma cara de confuso, mas logo em seguida percebeu quem ele era, sua expressão mudou de confusa para desesperada, suas pernas ficaram fracas e suas mãos tremiam, ele começou a suar frio e pensou em correr, mas era tarde. Salazar já estava bem a sua frente e lhe desferiu um golpe com a mão esquerda na garganta, imediatamente o rapaz soltou a lâmina e levou ambas as mãos ao pescoço sentindo grande dor e falta de oxigênio, antes mesmo da lâmina que Pedro soltou  tocar o chão Salazar a pegou no ar com a mão esquerda e com um giro rápido perfurou a garganta do rapaz que caiu no chão morto no meio da rua que agora estava com uma grande poça de sangue.

Aline presenciou tudo, mas aquilo era muito absurdo, embora já tivesse presenciado combates e assassinatos pelos vídeos dos arquivos de seu pai, aquilo era diferente, era real, e tudo aconteceu muito rápido, a pequena ficou um pouco tonta, tentou se equilibrar, estava se sentindo fraca, até que apagou de vez.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Richard ficou repousado em sua poltrona até se acalmar do susto, definitivamente Salazar não era uma pessoa comum, a casa e a moto caras, morando sozinho tão novo, e muito calmo para alguém tão jovem, afinal jovem são muito impulsivos.
Depois de um tempo pensando ele se levantou e foi realizar os afazeres diários, lavou a louça do café, varreu a casa, arrumou seu quarto grande e solitário que era cheio de fotos de sua falecida mulher, e por fim estava a preparar o almoço estava quase na hora da pequena voltar para almoçar. Mesmo enquanto realizava suas tarefas diárias ele continuava a pensar sobre Salazar, definitivamente ele estava desconfiado dele, estava distraído quando seu celular tocou, era Aline, ela estava avisando que não almoçaria em casa e que chegaria tarde por causa de uma prova surpresa. Seu pai não gostou daquilo, naquela noite seria seu turno e sempre antes de sair a pequena sempre estava em casa, porém não havia o que fazer.
Após o almoço solitário Richard dormiu, era preciso para aguentar às longas e tumultuadas noites de uma cidade repleta de assassinos.
Tirada sua soneca da tarde Richard acordou às 5 horas da tarde, tomou um banho rápido, vestiu o uniforme de investigador e colocou por cima uma jaqueta preta que havia ganhado de sua mulher, às 6 horas um carro da policia passaria para pega-lo em sua casa, mas ele estava nervoso pelo fato de sua filha chegar mais tarde naquela noite. Finalmente o relógio marcou 6 horas e com alguns minutos de atraso o carro da policia estava buzinando em frente a sua casa, o Investigador ainda enrolou um pouco, mas viu que era em vão, trancou a porta e foi para o carro. Cumprimentou o colega de trabalho, seu nome era Leter Hawk, um rapaz jovem que pretendia se tornar um policial de elite, e claro ainda era um simples policial, que as vezes auxiliava o investigador como guarda-costas. O investigador já estava dentro do carro, e já estava de saída, ao passar a frente da casa de Salazar ele estava sentado na grama brincando com três filhotes de cão, era difícil dizer a raça eram muito pequenos ainda, em seguida viraram a esquina e seguiram para mais uma noite de trabalho.
Após alguns minutos circulando pelos bairros sossegados, o carro que levava o investigador chegou à avenida principal da cidade que estava congestionada por causa do horário de pico, ele não parava de pensar em Aline, até que esta mandou uma mensagem em seu celular:

“Já cheguei ao ponto da esquina de casa, pode ficar despreocupado, te amo!!!”

Ao ler a mensagem o investigador ficou um pouco mais calmo, agora lhe restava sair daquele congestionamento.
Enquanto isso a pequena Aline já caminhava para sua casa, ela dava passos rápidos porem curtos, sabia que não era uma boa ideia a filha de um investigador andar sozinha a noite, embora poucos soubessem que seu pai era investigador, não era bom arriscar, afinal, já bastava o senhor Don Borges que era um tremendo de um língua solta.
Ela já avistava sua casa quando ouviu o barulho de uma moto, não era muito potente pelo ronco, ela continuou andando de cabeça baixa até a moto passar, mas o motoqueiro subiu a calçada e passou muito próximo dela que caiu assustada, seu material estava todo pelo chão, ela o juntava rapidamente, mas o motoqueiro voltou, e parou a sua frente, ele desceu da moto e tirou o capacete surrado provavelmente de várias quedas, ao olhar para o rapaz a pequena ficou em choque, era um rapaz um pouco mais alto que ela, seu nome era Pedro Cruz, ele era filho de Theo Negri Cruz, o assassino que morava na residência de número 301, sim, o pai dele estava preso por causa de Richard, e era óbvio que ele não estava ali para agradecer.
Paralisada Aline estava de joelhos na calçada com seu material da faculdade em mãos, o rapaz deu um forte chute em sua mão e jogou o material dela no meio da rua, ela segurava sua mão que doía muito, talvez tivesse aberto o pulso ou até mesmo quebrado.
- Vocês são mesmo muito arrogantes, ou muito burros – disse o rapaz encarando a pequena com uma cara enfurecida, ele parecia guardar um grande ódio – seu pai deixou você andando sozinha e pensou que eu nunca me vingaria do que ele fez?
Aline estava tão apavorada que não sabia o que fazer, e sua mão que doía muito agora estava inchando e ficando roxa.
Pedro se ajoelhou e olhou nos olhos da pequena, levou sua mão ao queixo dela e disse:

- Minha mãe foi embora com outro cara e levou meus irmãos, com ela, seu pai desgraçou a vida do meu pai e a minha, agora eu vou retribuir o favor para ele – o rapaz levou a outra mão até a panturrilha esquerda, ergueu a barra da calça e puxou uma lâmina simples.