contador de visitas para blog

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Siga a página do facebook e fique sabendo das novas postagens!


https://www.facebook.com/pages/Salazar-O-Senhor-da-Noite/783930824961416?ref=bookmarks

domingo, 24 de agosto de 2014

Salazar encarou Richard por um momento com uma cara séria, o investigador deu dois passos para trás pensando que Salazar fecharia a porta em sua cara, porém ela retornou para fora, agora estava com o sorriso de sempre no rosto.
- Sobre o que esta falando senhor Richard? – Salazar era o mestre do sarcasmo, e em ser falso, diga-se de passagem – passo o dia inteiro trabalhando, nem tenho conhecimento do que ocorreu hoje aqui no bairro, como pode ver estou chegando agora em minha casa.
Richard pensou em  ir embora, mas ele estava muito desconfiado, e insistiu:
- Sua conversa pode até funcionar com seu patrão, ou com as garotas que você arrasta para a cama, mas não comigo, eu conheço seu tipo, manipulador, sarcástico e como você mesmo disse, sádico, então é melhor me dizer logo o porquê!
O silêncio pairou naquele momento, o investigador agora estava receoso e Salazar estava sério, ambos se encaravam, até que Salazar quebrou o silêncio:
- Não seja idiota senhor Richard, não tem como eu ter salvado sua filha, seja La quem for que a tenha atacado, mas posso dizer que era alguém muito habilidoso, coisa que não sou infelizmente, afinal sou muito alto.
Após dizer isso ele se retirou para o conforto de sua casa, era possível ouvir o grunhindo de seus três cachorrinhos, o investigador se voltou para a rua, acendeu um cigarro, geralmente fumava para ficar calmo e raciocinar direito, e retornou até a cena do crime. O local tinha pouquíssimas pistas, Richard olhou novamente, a grande mancha de sangue que havia na rua, e o desenho feito com giz de onde Pedro havia caído, foi quando ele notou que não havia desenho de giz de uma possível arma do crime, nenhum único risco, nada, nenhum indicio de arma caída no chão, o que dizia que o possível salvador de Aline era alguém muito hábil para desarmar Pedro sem deixar a possível arma cair, nesse momento ele ficou espasmo por um curto período, seu cigarro caiu da boca e ele voltou andando rapidamente para sua casa, ele subiu as escadas corendo e entrou de súbito no quarto de Aline, ele ia lhe fazer mais perguntas, mas viu que ela continuava dormindo, lembrou-se do choro da pequena e decidiu deixar as perguntas para o dia seguinte, afinal já era tarde, e ele teria que trabalhar na próxima noite para compensar a noite que faltará para socorrer sua filha, então ele encostou a porta sem fazer barulho e foi para seu quarto descansar.
 O silêncio dominava o bairro naquela madrugada, nenhum único barulho de carro, moto, gato, cachorro ou choro de criança era ouvido, o cheiro de morte emanava na rua, o ar estava denso, há tempos o bairro não tinha nenhum morte, ainda mais em plena luz do dia, aquela havia sido a primeira.

Aline estava em sua cama, mas não dormia, ela se contorcia de um lado para o outro, já estava descoberta, relances e imagens de Pedro e Salazar passavam em sua mente, ela estava em um turbilhão de medo e espanto, ela acordou e se sentou na cama, seus olhos estavam fundos, eram três horas da madrugada. Ela se levantou e foi até a cozinha pegar um copo de água, quando, aproveitou e pegou um copo de leite e um pão, ao voltar para seu quarto ela enxergava sombras e vultos, e sussurros em seus ouvidos. Pegou o controle da TV, sentou-se em sua cama e ligou o televisor que era pequeno, como ela. Passava por todos os canais, mas nada lhe agradava, a programação daquele horário na TV aberta era horrível, a pequena estava bebendo seu leite quando o noticiário da madrugada estava falando das mortes do dia, e uma imagem de sua casa apareceu, a pequena ficou estática, a cidade inteira sabia sobre a tentativa de assassinato que ela sofrera estava prestes a começar a chorar novamente quando algo bateu em sua janela lhe causando um grande susto, não era nenhum objeto grande pelo barulho, a pequena ficou olhando para a janela que estava tampada pela cortina, e novamente outro objeto acertou o vidro. Aline pensou em desligar o televisor e se deitar, mas não, ela criou coragem e foi até a janela pisando nas pontas dos pés, sem fazer barulho e vagarosamente ela puxou um pouco da cortina e para sua surpresa, ou não, ela viu Salazar na varanda de sua casa, ele estava com um punhado de pequenas pedras em sua mão. Ele fez um sinal com a mão, indicando que queria falar com ela.