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domingo, 15 de junho de 2014

A garota que abriu a porta era Aline, sua filha, com 18 anos de idade quem olhasse para ela diria que ela tinha apenas 12 anos, uma garota baixinha e magrinha, poucas curvas, uma mulher com corpo e rosto de criança, cabelos e olhos castanhos claros e pele muito branca, como a da falecida mãe.
Richard abraçou-a e disse bom dia, foi até a cozinha viu que o café da manhã já estava pronto, ele iria direto para cama, mas decidiu não fazer desfeita e sentou-se a mesa, em seguida a pequena se juntou a ele, ainda esfregava os olhos de sono:
- Como foi essa noite? Muito agitada? Ou calma?
O investigador não gostava muito de falar sobre seu trabalho com sua filha, ele tentava mantê-la o mais distante possível do mundo caótico o qual ele era envolvido, mas era uma tarefa difícil:
- Não houve nada demais, como sempre.
A garota que até o momento estava sonolenta acordou subitamente e ficou de pé a beira da mesa com uma expressão de raiva:
- É sempre assim, sempre que tento saber algo respeito do seu serviço você nunca diz nada, acabo sendo obrigada a olhar os seus arquivos do notebook escondida!
Richard engasgou com o pão, após cuspir alguns farelos deu uma bronca em Aline:
- Já disse que não quero você mexendo no meu computador! E como você consegue acessa-lo? Eu mudo a senha a cada cinco dias?
- Eu preciso de sua ajuda para os trabalhos da faculdade, sabe que quando me formar pretendo seguir profissão com jornalismo investigativo, e não vou te dizer como quebro suas senhas, seria tolice! – disse a garota dando uma leve risada da cara de seu pai, a jovem Aline cursa o primeiro ano de jornalismo, e como dito ela pretende seguir carreira como jornalista investigativa, algo que não agrada muito seu pai.
Já terminado seu café, o investigador que agora tinha que cumprir o seu papel de pai, pegou sua filha pela orelha direita e a torceu!
Com a mão na orelha que agora estava vermelha, a garota encheu os olhos de lágrimas, uma pessoa daquele tamanho não era preciso muito para deixa-la dolorida, Richard estava subindo as escadas para seu quarto, por causa do horário que ele sempre chega a sua casa, ao invés de dizer bom dia, ele sempre acaba dizendo boa noite para Aline, que responde ironicamente:
- Boa noite senhor fuso-horário!
Agora Aline se arrumava para ir para faculdade, seu curso era de período integral, seu pai não tem dinheiro para pagar uma faculdade para ela, por isso ela conseguiu uma bolsa em uma universidade bem conceituada, a UNIVERSIDADE ULTRA DE MERIDIONALI, uma faculdade onde apenas filhos de grandes investidores da bolsa, filhos ou agregados de mafiosos e jovens assassinos conseguem entrar por causa de suas altas parcelas.
A pequena Aline se arrumava rapidamente, pois dependia do transporte público para se locomover até a universidade, e este ainda parava á duas quadras dela, a universidade controlava muitas coisas ao redor dela, não havia casas nas quadras ao redor da universidade, apenas lojas de roupas internacionais e algumas livrarias com artigos estudantis com preços fora do comum, como dito, era uma universidade para pessoas com dinheiro a reveria.
E como isso era algo que a pequena Aline e seu pai não continham muitos alunos da sua sala evitavam conversar com ela, na verdade quase que toda a universidade tinha esse tipo de preconceito, sua única amiga era uma estudante de direito, também bolsista, mas que mantinha em sigilo o fato de ser bolsista, e também mantinha em sigilo o fato de ser “amiga” de Aline.
Duas quadras antes da universidade o ônibus parou, a única pessoa a descer foi Aline, o veiculo seguiu e agora a garota andaria duas quadras até seu destino, algo que era uma tortura para uma garota de 18 anos de idade, afinal ela passava por lojas de roupas de marcas caras, e artigos eletrônicos de ultima geração como computadores, tablets, celulares e smartphones, todos com preços exorbitantes, a pequena Aline não era uma pessoa consumista, e nem ligava muito para moda, mas sempre ouvia algum universitário gozar dela por ser uma pessoa simples e humilde, em meio a arrogantes cheios da grana.
A universidade podia ser um lugar repleto de pessoas arrogantes e trapaceiras, mas sempre que Aline se deparava com sua entrada se surpreendia com sua grandeza, o lugar era enorme, com uma arquitetura gótica, lembrava os antigos castelos europeus, continha torres e até algumas gárgulas espalhadas pelos muros, e um estacionamento na frente que era repleto de carros esportivos, claro.
Já na sala de aula, os demais alunos ignoravam a chegada da pequena, que não se importava mais com isto, enquanto alguns não a provocavam por causa de seu pai que era investigador, outras a provocavam de propósito, filhos mimados de mafiosos e políticos corruptos que gostavam de mostrar que seus pais manipulavam tudo.
As aulas do período da manhã passaram rápido, e durante o intervalo Aline recebeu a noticia do coordenador do curso de que não haveria as aulas do período da tarde naquele dia, sendo assim Aline voltaria para casa muito mais cedo naquele dia.
Durante o intervalo a pequena foi até a biblioteca e alugou um livro o qual necessitava para estudar para as provas que se aproximavam, e se dirigiu para a saída da universidade, o local estava lotado pelo motivo de ser intervalo, logo ninguém percebeu ela, por um momento ela se sentiu feliz, ninguém havia provocado ela naquele dia, mas ao cruzar o estacionamento, um rapaz alto e forte gritou:
- Já vai embora tão cedo cinderela!
Aline ficou séria e seguiu seu caminho, ainda pode escutar a namorada do rapaz brigando com ele:
- O que deu em você? Pare de gritar para aquela garota no meio de tanta gente, vão pensar que você conhece aquela estranha!
Ofensas e gozações já não afetavam mais Aline como afetava no inicio, o que ela mais queria é se tornar invisível aos olhos dos outros estudantes, assim poderia seguir quase que normalmente sua vida de universitária, afinal a única coisa que ela queria era se graduar, como sempre foi muito tímida não tinha muitos amigos no seu bairro, e os vizinhos não gostavam que seus filhos brincassem com ela pelo motivo de ela ser filha de um importante investigador da policia, que possivelmente estaria na mira dos criminosos, e sim ele esteve e provavelmente esta.
Depois de um longo trajeto de ônibus a pequena Aline chegou a sua casa, estava na calçada quando percebeu um movimento diferente na casa ao lado, era uma bela casa, mas não era ocupada já fazia alguns meses, estava com a pintura acabada e precisava de alguns retoques na pintura e nas paredes, também era uma casa com sobrado, mas diferente da sua era de alvenaria e não de madeira, estivera um bom tempo desocupada por causa do autor valor que o dono pedia no aluguel, porém agora alguém estava a mudar para lá, havia  dois caminhões de mudanças descarregando móveis e eletrônicos, e a frente da casa estava o proprietário, o senhor Don Borges, um senhor de idade, baixo, barriga grande, cabelos e bigode brancos e usava um chapéu de pesca que era seu maior passatempo, ele conversava com um rapaz alto, provavelmente o novo inquilino da casa, Aline iria passar despercebida, mas o senhor Don Borges á viu e a chamou para cumprimentar o rapaz.
 Aline era tímida, mas tinha educação, e se aproximou dos dois de cabeça baixa, antes que pudesse se apresentar o senhor Borges fez isso por ela:
- Esta pequena e adorável mocinha é Aline, filha do seu futuro vizinho Richard Brumm, ele é um reconhecido investigador da polícia, então é melhor não provocar ele ou sua filha – o senhor Borges era brincalhão, e já conhecia Richard e Aline há muito tempo.
O novo inquilino foi cumprimentar Aline, ela estendeu a mão para cumprimenta-lo, o rapaz levou a mão esquerda  ao bolso e tirou algumas balas, entregou-as para a pequena e com a mão direita batia levemente na cabeça dela:
- Olá garotinha, espero que possamos ser amigos!
Por causa de sua aparência de 12 anos de idade o rapaz pensou que Aline realmente tivesse apenas 12 anos e estivesse chegando da escola, a pequena ficou de cara fechada e disse uma voz baixa, porém brava:
- Eu tenho 18 anos, não precisa me tratar como se eu tivesse apenas doze.
O rapaz ficou sério, Aline pensou que havia deixado o novo vizinho sem graça, e tentou se desculpar, mas o rapaz a interrompeu:

- Tudo bem, não precisa se desculpar, na verdade odeio crianças, estava apenas tentando ser gentil, mas assim é melhor a propósito, perdoe minha grosseria – o rapaz puxou a mão de Aline e deu um leve beijo sobre ela, a garota ficou com o rosto totalmente vermelho, ela queria se esconder naquele momento – meu nome é Salazar, serei seu novo vizinho.

4 comentários:

  1. O ditado "Mantenha os amigos por perto e os inimigos ainda mais perto" se aplica bem aqui, prevejo altas tentativas de assassinato :p Agora, às críticas construtivas:
    1. Use mais pontos, só vejo vírgulas nos seus parágrafos, hehe
    2. Em alguns momentos você mistura os tempos verbais, ficaria melhor se mantivesse o mesmo tempo (passado, no caso) durante todo o texto
    3. Defina melhor o ponto de vista ou, falando de outro jeito, filtre a história de acordo com os personagens
    4. Escreve mais rápido, quero ler a continuação! kkk

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  2. Vlw cara, realmente, eu ja tinha reparado que eu uso muita virgula XD, e realmente me perco nos tempos, em alguns momento acabo usando no passado, mas ao mesmo tempo dito como se fosse algo atual, mas essas coisas a gente só muda quando alguem fala mesmo.

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  3. Queria q a Aline fosse tipo "garota fatal",sei lá,acho q ia ficar legal. Mas a personalidade e fisionomia dela se encaixaram bem no contexto da história!
    Continua escrevendo q a história ta boa,quero os próximos capítulos ;P

    -Renata M.

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  4. Ao passar o tempo Aline vai crescer, principalmente após alguns incidentes.

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