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terça-feira, 22 de julho de 2014

Richard ficou repousado em sua poltrona até se acalmar do susto, definitivamente Salazar não era uma pessoa comum, a casa e a moto caras, morando sozinho tão novo, e muito calmo para alguém tão jovem, afinal jovem são muito impulsivos.
Depois de um tempo pensando ele se levantou e foi realizar os afazeres diários, lavou a louça do café, varreu a casa, arrumou seu quarto grande e solitário que era cheio de fotos de sua falecida mulher, e por fim estava a preparar o almoço estava quase na hora da pequena voltar para almoçar. Mesmo enquanto realizava suas tarefas diárias ele continuava a pensar sobre Salazar, definitivamente ele estava desconfiado dele, estava distraído quando seu celular tocou, era Aline, ela estava avisando que não almoçaria em casa e que chegaria tarde por causa de uma prova surpresa. Seu pai não gostou daquilo, naquela noite seria seu turno e sempre antes de sair a pequena sempre estava em casa, porém não havia o que fazer.
Após o almoço solitário Richard dormiu, era preciso para aguentar às longas e tumultuadas noites de uma cidade repleta de assassinos.
Tirada sua soneca da tarde Richard acordou às 5 horas da tarde, tomou um banho rápido, vestiu o uniforme de investigador e colocou por cima uma jaqueta preta que havia ganhado de sua mulher, às 6 horas um carro da policia passaria para pega-lo em sua casa, mas ele estava nervoso pelo fato de sua filha chegar mais tarde naquela noite. Finalmente o relógio marcou 6 horas e com alguns minutos de atraso o carro da policia estava buzinando em frente a sua casa, o Investigador ainda enrolou um pouco, mas viu que era em vão, trancou a porta e foi para o carro. Cumprimentou o colega de trabalho, seu nome era Leter Hawk, um rapaz jovem que pretendia se tornar um policial de elite, e claro ainda era um simples policial, que as vezes auxiliava o investigador como guarda-costas. O investigador já estava dentro do carro, e já estava de saída, ao passar a frente da casa de Salazar ele estava sentado na grama brincando com três filhotes de cão, era difícil dizer a raça eram muito pequenos ainda, em seguida viraram a esquina e seguiram para mais uma noite de trabalho.
Após alguns minutos circulando pelos bairros sossegados, o carro que levava o investigador chegou à avenida principal da cidade que estava congestionada por causa do horário de pico, ele não parava de pensar em Aline, até que esta mandou uma mensagem em seu celular:

“Já cheguei ao ponto da esquina de casa, pode ficar despreocupado, te amo!!!”

Ao ler a mensagem o investigador ficou um pouco mais calmo, agora lhe restava sair daquele congestionamento.
Enquanto isso a pequena Aline já caminhava para sua casa, ela dava passos rápidos porem curtos, sabia que não era uma boa ideia a filha de um investigador andar sozinha a noite, embora poucos soubessem que seu pai era investigador, não era bom arriscar, afinal, já bastava o senhor Don Borges que era um tremendo de um língua solta.
Ela já avistava sua casa quando ouviu o barulho de uma moto, não era muito potente pelo ronco, ela continuou andando de cabeça baixa até a moto passar, mas o motoqueiro subiu a calçada e passou muito próximo dela que caiu assustada, seu material estava todo pelo chão, ela o juntava rapidamente, mas o motoqueiro voltou, e parou a sua frente, ele desceu da moto e tirou o capacete surrado provavelmente de várias quedas, ao olhar para o rapaz a pequena ficou em choque, era um rapaz um pouco mais alto que ela, seu nome era Pedro Cruz, ele era filho de Theo Negri Cruz, o assassino que morava na residência de número 301, sim, o pai dele estava preso por causa de Richard, e era óbvio que ele não estava ali para agradecer.
Paralisada Aline estava de joelhos na calçada com seu material da faculdade em mãos, o rapaz deu um forte chute em sua mão e jogou o material dela no meio da rua, ela segurava sua mão que doía muito, talvez tivesse aberto o pulso ou até mesmo quebrado.
- Vocês são mesmo muito arrogantes, ou muito burros – disse o rapaz encarando a pequena com uma cara enfurecida, ele parecia guardar um grande ódio – seu pai deixou você andando sozinha e pensou que eu nunca me vingaria do que ele fez?
Aline estava tão apavorada que não sabia o que fazer, e sua mão que doía muito agora estava inchando e ficando roxa.
Pedro se ajoelhou e olhou nos olhos da pequena, levou sua mão ao queixo dela e disse:

- Minha mãe foi embora com outro cara e levou meus irmãos, com ela, seu pai desgraçou a vida do meu pai e a minha, agora eu vou retribuir o favor para ele – o rapaz levou a outra mão até a panturrilha esquerda, ergueu a barra da calça e puxou uma lâmina simples.

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